sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

Noite de Cinema


Esta é provavelmente uma das mais belas histórias que o cinema contou nos últimos anos: a história de uma amizade imensa que tem, como pano de fundo, o próprio cinema.
Totó, o miúdo, aprende e o projeccionista, Alfredo, ensina através das fitas que vêem juntos, vezes sem conta.
"A vida não é como no cinema. A vida é muito mais difícil!" diz Alfredo ao pequenito, incentivando-o a partir em busca de uma vida melhor, mesmo que o preço a pagar seja a eterna saudade da pequena aldeia, incentivando-o a nunca voltar.
Paralelamente, o filme trata o amor: o amor interrompido pela guerra, o amor desfeito pelas desigualdades sociais, o amor dos filmes selado com beijos censurados pelo pudor e pela moral dos tempos, o amor descartável a que Salvatore recorre, quando percebe que o amor verdadeiro lhe foi para sempre negado.
Salvatore respeita a ordem do velho amigo até ao dia da sua morte. Avisado pela mãe, acordado a meio da noite, Salvatore decide regressar à aldeia, onde vai finalmente pacificar a saudade e reencontrar-se com Alfredo através das imagens que aquele velho amigo lhe deixara: os beijos proibidos.
É um filme bom para mexer nas emoções que ameaçam petrificar o coração!

4 comentários:

Anónimo disse...

Sensacional, Madalena!! _ como viste no 'chuinga', estive na aldeia siciliana em que foi filmado e, na altura que fiz o 'post' quis pôr esta foto e não consegui (já te gamei...). Força! e um beijo, IO.

Anónimo disse...

Concordo. "A vida não é como no cinema." Mas se há coisas boas que a vida tem, uma delas é a amizade. E o teu "cantinho" recorda-nos isso todos os dias. Um grande beijinho carinhoso e votos de um óptimo fds :)

None disse...

Um belo filme europeu. Daqueles que guardo para rever.

Isabel Victor disse...

bem lembrado ...
foi um gosto
re(ver)