quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

...triste...

Triste, por causa desta notícia que me acordou, não de um sono repousante mas de um adormecimento prolongado que vai criando alguma insensibilidade para a delinquência dos jovens.
Mas estes jovens não são jovens. Estes jovens são crianças. São crianças como aqueles a quem eu ensino o verbo to be, com cantigas e bonecos, para lhes atrair a atenção.
Para isto não tenho ainda anticorpos e hoje o meu sentimento é de tristeza muito profunda.

imagem daqui
Trago este comentário para que todos leiam, pois reflecte o olhar e a sabedoria da experiência profissional.
Não há nada tão triste como isto. Quem roubou a inocência a esses jovens? A tantos dos jovens que vêm às nossas escolas, tão deprimidos e revoltados que só conhecem a linguagem da agressão, do insulto e do desprezo pela sociedade inteira?! Os Pais abandonam os filhos, o estado remete para os técnicos a educação destes meninos que nunca o foram, mas não querendo ser pessimista, quem algum dia poderá substituir o afecto que não se teve no primeiro ano de vida, nas primeiras dores, nos primeiros passos? O que pretende esta sociedade que coloca a tónica no ter e não no ser? E o que será desta humana gente lusitana, s também nós desitirmos? Não podemos! É obrigatório inventar o amor, de novo!
Os beijos ficam para mim!

6 comentários:

Anónimo disse...

Não há nada tão triste como isto. Quem roubou a inocência a esses jovens? A tantos dos jovens que vêm às nossas escolas, tão deprimidos e revoltados que só conhecem a linguagem da agressão, do insulto e do desprezo pela sociedade inteira?! Os Pais abandonam os filhos, o estado remete para os técnicos a educação destes meninos que nunca o foram, mas não querendo ser pessimista, quem algum dia poderá substituir o afecto que não se teve no primeiro ano de vida, nas primeiras dores, nos primeiros passos? O que pretende esta sociedade que coloca a tónica no ter e não no ser? E o que será desta humana gente lusitana, s também nós desitirmos? Não podemos! É obrigatório inventar o amor, de novo! Beijos, Mana

Carlota disse...

Não percebo aonde este país vai parar.
É impressão minha ou as coisas estão completamente fora de controle?

Anónimo disse...

Madalena
A tua reflexão é o espelho do país que temos, mas temos que ter esperança no exemplo dos que tomaram a opção de não pactuar e de continuar a SER e não TER. Talvez a pouco e pouco, juntando todos se consiga uma grande transformação. Utopia? Talvez! Quem somos sem UTOPIAS? Apenas um só no meio de muitos.

Emilia Miranda disse...

É mesmo obrigatório reinventá-lo Madalena.
Um abraço,
Emília.

Anónimo disse...

Contigo, Madalena - beijo, IO.

Mitsou disse...

Disseste tudo, amiga.
Neste mundo de invenções para "dourar" as vidas, urge (re)inventar o único sentimento que, na sua simplicidade, lhes pode dar o devido valor.

Um beijinho muito grande.