sábado, 6 de dezembro de 2008

Afonso! Porreiro, pá!

'Tás a ver, Afonso, no que isto deu?
Nem a rebeldia de carácter inscrita na tua herança cultural lhes serve já para nada.
Falta, a estes teus súbditos, visão, coragem, ambição, desejo, sonho e ideal.
Sobra-lhes o truque, o jeito para enganar o outro. Creio que treinam, em sessões mais privadas, a melhor maneira de iludir o povo.
Um dia destes, emocionei-me ao ouvir o nosso governante máximo, (Ou será o a seguir?!), a exultar com um feito que, afinal, era apenas mais um defeito do que o feito propriamente dito. Anunciava, feliz, que o povo ia melhorar de vida porque a gasolina tinha baixado e os juros das casas também.
(Calculo que não saibas o que isso é. Eu também não! Só sei que levo imenso tempo e imenso dinheiro a pagar a casa ao Banco.)
Mas voltando à vidinha que vai melhorar: ela vai melhorar por causa da crise, vê tu?
Bem sei que eles agora querem é tempo para brincar com o Magalhães. Não, não é esse que estás a pensar! Esse ficou no Estreito. Este é uma espécie de malinha de senhora. Mas não é malinha de senhora. É um computador e tem instaladas muitas coisas para os meninos e meninas brincarem e aprenderem. O nosso PM disse, numa Cimeira, que os seus assessores usavam o Magalhães. Agora já percebemos por que é que isto anda como anda.
(Uma Cimeira é uma batalha disfarçada: juntam-se todos para lutarem uns com os outros, mas não levam espadas nem armaduras de aço como tu levavas. Levam fato e gravata e muitas palavras e o máximo que arremessam é um "chiu" em castelhano!)
Se calhar, ontem, os assessores do PM emprestaram os Magalhães aos Deputados do PSD e eles foram para casa jogar um inocente jogo para crianças, em vez de votarem com o resto da oposição e com os trânsfugas do PS a suspensão deste modelo de avaliação.
Pois é, Afonso, por aqui está tudo muito porreiro, pá!
Agora tenho de ir. Isto, no deserto, é um bocado desinteressante.
(Jameh, já ouviste falar? Foi um deserto ineventado há pouco tempo. Não não é do teu tempo, não! Nem tem mouros!)
Vou até à cidade. É só uma ponte e pronto!

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