A luminosidade dos dias, no Outono, apela à calma.
Os sentidos pedem sossego.
A alma também anseia por um morno aconchego, longe do tumulto dos dias quentes.
A Natureza parece preparar-se para dormir.
"Deixa a Natureza ser a tua mestra", disse Woodsworth.
Alçada Baptista inspirou-se no Outono e nas suas metafóricas ligações e escreveu um romance: "Tecido de Outono".
"É no Outono que a gente é capaz de reparar que a vida não é banal não obstante o nosso quotidiano ter sido de uma banalidade atroz. Acredito que é possível descobrir pedaços de luz no meio de tudo isso."
Contudo, neste fim de Verão, há poucos prenúncios de Outono.
O calor ainda se vinga dos dias frescos de Agosto.
Os computadores do Ministério da Educação recusam-se a colocar os professores, prolongando as férias grandes para datas que fazem lembrar os tempos em que as aulas não começavam antes do feriado que celebra a República.
Mas isto foi feio, sobretudo por causa das vidas que ficaram por definir.
Cada vez faz mais sentido o lema deste blog:
"É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir."
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