quinta-feira, 7 de outubro de 2004

O Triunfo dos Porcos


"Pigs" de Ruth Schindler.
Toda a agitação à roda do caso TVI-Marcelo faz-me lembrar o Triunfo dos Porcos.
Gosto do burro Benjamim.Até gosto do seu não compromisso com os revolucionários. Gosto da sua atitude expectante.
Estou como o burro:é esperar para ver.
O sexto mandamento diz: Nenhum animal matará outro animal.
E o último, o tal do fantástico acrescento, diz: Todos os animais são iguais.
Este, "tal qual", não satisfaz ninguém.
Todos querem ser mais iguais do que outros.
Vamos ver!

"As amizades e os ódios do PSD são problemas íntimos, dos dirigentes e militantes do PSD, e não são problemas do Governo dos portugueses. Como dizia Vasco Santana, fora de cena quem não é de cena."
Diz Clara Ferreira Alves a propósito.

3 comentários:

lique disse...

Conheço a opinião da Clara Ferreira Alves. Mas aqui ouve ingerência clara do governo. Se a atitude Marcelo foi um aproveitamento dessa ingerência ou não, não modifica o "feio" da atitude. E perigoso, como precedente. beijos

Madalena disse...

Lique, prezo muito a sua opinião, acredite.
Ouvi as declarações do ministro Gomes da Silva. Hoje, soube pela telefonia que a conferência de Imprensa do Senhor da Media Capital foi desconvocada e que o Dr Moniz da TVI continuava a desejar o professor no seu canal (Pudera!!!)
Mas afinal o Dr Marcelo não diz por que é que saiu?!
De livre vontade? Foi "despedido"?
Não sei. Gostava de saber para poder avaliar melhor esta agitação.

molin disse...

Eu diria que foi despedido de livre vontade. O mais curioso é que, em circunstâncias desta natureza, há sempre alguém que fica a ganhar. No entanto, acho que todos ficaram a perder: Santana não se livra de fazer censura por "Portas" travessas; a TVI não se livra do carimbo de ter cedido a pressões (a sombra do relançamento do projecto de televisão digital terrestre paira no ar, num momento em que o consórcio vencedor - João Pereirsa Coutinho - se mostra incapaz de levar por diante as pretensões do Governo); o público, que ficou sem os comentários do professor ao domingo; e o próprio professor que, apesar de ganhar uma batalha ao seu inimigo de estimação, perde a guerra do seus 45 minutos semanais de fama televisiva... remunerada!

Só espero que o castigo venha às urnas, nas próximas legislativas.