quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

A caminho...

A minha alma começou o caminho de regresso ao corpo, de onde sai lampeiramente para se pôr à conversa aqui com outras almas, igualmente despojadas de todos os estatutos que a entidade corpórea lhes/ nos confere.
Tem de ser!
O Natal não é necessariamente uma época de grande alegria nem de grande tristeza.
A vida é feita de bom e de mau. Há que aceitar a vida, o bom e o mau, com a serenidade possível.
Todos temos boas e inesquecíveis lembranças de Natal que, com o rolar dos anos, se tornam cicatrizes de saudade.
Tudo é irrepetível, por isso a intensidade de qualquer recordação transforma o bom em quase dor.
Sinto um pouco por todo o lado a mesma dificuldade de deixarmos as nossas tristezas conviverem fraternamente com as nossa alegrias. Também sei que estas se tornam menores em dimensão e importância qaundo as comparamos com as outras.
Rebusquemos dentro de nós uma razão para estar bem, nem que seja pelo facto de hoje estarmos com uma saúde que nos permite beber, comer, talvez até dançar...
Nem que seja pelo facto de hoje termos um amigo que nos transmite o inestimável valor da solidariedade...
Nem que seja pelo facto de ainda termos família, desavinda ou não...
O dia de hoje, o momento de agora são imperdíveis porque sim, porque nós não os queremos perder em sacos sem fundo, mas guardá-los em guarda-jóias.

Um Bom Natal para todos!
Para ti, Molin, que me ofereceste o primeiro blog, a lição que eu te pedi. Depois ainda recorri a explicações e tu, generosamente, estiveste sempre disponível para todos os ensinamentos. Um beijinho para ti e para a tuas meninas. Abraços dos leões cá da jaula.
Par ti, Titas, sempre atenta e pronta a ajudar.
Para ti, Virna, com quem as conversas de alma já vêm de longe.
Para ti, Eduardo, leitor também atento e que contribuiu com muito estímulo para que continuasse o blog.
Par ti, Mashamba, porque me trazes o eco das minhas raízes.
Para ti, Chuinga, pela mesma razão. Aliás conhecemo-nos no blog do JPT.
Para ti, Alice, pelas lições que aprendo quando te leio aqui ou lá, onde tu moras.
Para ti, Passada, pela sensibilidade e pela ternura com que me abres também essas portas distantes.
Para ti, Xicuembo, pela espontaneidade e pela hospitalidade.
Para ti, Eufigénio, simplesmente porque sim!Este é o argumento de quem presume que
há muita segurança nesta ligação irreal.
Par ti, Espumante, porque também tu divides comigo espaços das mesmas memórias e os enriqueces com as tuas palavras.
Estes são os que eu leio e que me lêem e comentam, mas outros há que eu sei que também me visitam. Falaremos, certamente, de viva voz , também sobre o que aqui pensei alto.
Para todos, um bom Natal.
(Tenho uma jaula de leões literalmente famintos o que, como sabem, os torna muito perigosos... )

5 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Para ti também, Madalena. O privilégio é meu por dividir contigo memórias e sítios de que tanto gostamos. Um bom Natal para ti e que 2005 te traga tudo o que desejas. Um beijinho amigo.

Anónimo disse...

Para ti, Madalena, com quem construí esta relação tão especial, um grande beijo! _ Isabella (chuinga). É mesmo, temos o JPT na génese da koisa... foi naquela da praça do Mouzinho, não foi?...o grande cavalo!... ou foi na dos correios? Arco-irís para ti, Ma-Shamba: 'quero um cavalo de várias cores', RF.

Miguel Pinto disse...

Votos de um Bom Natal para si e para os seus, Madalena.

Passada disse...

Não foi assim há tanto tempo que se começou a considerar fortemente a QE, o tal da emoção e tu Madalena, claramente estás recheada dela. Não te atrevas a parar de blogar, não tão já terei saudade, muita saudade. Agora vai lá ser tu e volta. Beijinhos e um bom natal.

virna disse...

madalena,
passei para te deixar um beijo e desejar um feliz natal para você, o jorge e os filhos.
que as nossas conversas de alma prossigam por muito tempo.
por aqui faz calor :-)
virna.