sábado, 26 de junho de 2004

Queremos mais! Queremos mais! Queremos mais!


Mais vitórias! Mais golos! Mais alegria! Mais festa!

Olhó poema da moda! Oh freguesa!

Olha a bola que rebola
Sobre o relvado
Verde e encarnado.
Nos pés do Figo,
Ou nas mãos do Ricardo.
Ricardo Coração-de-Selecção.
Verde e encarnado.
A bola já baila nos pés de Postiga
e ri, rebola-se a rir, dentro da baliza inimiga.
Ouve-se mais uma vez a cantiga:
Quero mais! Quero mais! Quero mais!

sexta-feira, 25 de junho de 2004

"O poeta faz-se aos dez anos"

É o título de um livro de Maria Alberta Menéres.
Ao meu lado, ao lado do teclado, tenho um livro de poemas. Os autores, os poetas, têm dez anos. O livro chama-se "Saboreando as palavras". Foi hoje apresentado a um público muito especial: os pais, os irmãos, os amigos, os colegas, os professores, a Presidente da Câmara e o Presidente da Junta. Estes últimos apoiaram a publicação.
E porque o mundo ainda é a cores, escolhi o poema que se chama precisamente Cores, da Ana Sofia Garcia,aluna do 5º ano, para este "lançamento" aqui, em Chora- que- Logo- Bebes.

Cores
Laranja...
É uma flor,
é um fruto,
é uma cor.

Preto...
É uma escuridão,
Tinta de uma caneta,
Fechada na minha mão.

Azul...
É o mar,
é o céu,
o sabor do luar.

Branca,
é a margarida,
é a nuvem,
a paz,
uma menina querida.


sábado, 19 de junho de 2004

Porque Alcochete não é só

Academia.
É também um património ligado ao rio...



de onde os olhos descansam sobre as águas, até à outra margem.

Onde há passados lembrados em becos escondidos!


Onde as tradições não naufragam!

sexta-feira, 18 de junho de 2004

A beleza, a idade e a cosmética

Hoje Isabella Rosselini faz 52 anos.
É sem dúvida uma mulher bonita.
Paul Mc Cartney também faz anos. Mais dez. Sessenta e dois.Escrito assim, em palavras, não magoa tanto as nossas memórias do beatle com cara de menino. Hoje parece um menino velho, o que é fisicamente impossível! E não é bonito. Acho que preferia vê-lo com cabelos brancos. Paul Newman (79) e Clint Eastwood (74) são bons exemplos de que os homens não precisam ou não devem (Hesito: precisam? devem?)pintar o cabelo.
Isabella Rosselini, filha da lindíssima Ingrid Begman, é uma das mulheres mais belas, de acordo com as classificações do mundo da moda e da cosmética. Apesar de considerar que a beleza não pode ser medida com precisão científica, neste caso, até concordo.
Contudo, corro o tremendo risco de dizer que, no caso de Isabella, deve tapar-se os cabelos brancos, as rugas e todas as imperfeições da idade.
A bela Isabella foi durante muito tempo o rosto de uma prestigiada marca de produtos de beleza. Neste momento estará reservada aos perfumes apenas? Não têm rugas, nem cabelos brancos... Pois!

domingo, 13 de junho de 2004

Comícios de boa memória

Eu sabia que esta expressão me tinha sido fornecida por uma leitura. Procurei, procurei, na minha memória e encontrei: José Gomes Ferreira, "O mundo dos Outros".
"Embora não pareça eu ainda sou do tempo dos comícios de propaganda republicana de boa memória.
Não passava então de um miúdos de colarinhos à mamã, onde apetecia desenhar bonecos a lápis,mas, sempre que a família não se opunha, lá estva caído, nos terrenos sáfaros da ex-Avenida Dona Amélia, agarrado às abas do casaco do meu pai, com todo o silêncio à escuta.
(...)
Quando pratica maldades ou trazia para casa más notas, presumo que o pior castigo que me podiam infligir era suspender-me sobre a cabeça a vingança desta ameaça:
- Se o menino não estuda, não vai ao comício ouvir o António Zé. Agora veja lá como se porta."

E por aí adiante, José Gomes Ferreira desfila memórias de uma infância que ele diz estragada por adultos, como um tal professor de matemática: "um senhor alto ventrudo, glabro, de lunetas cínicas e feições gelidamente irónicas que olhava para nós como feras de bibe e de calção"...

Leiam tudo, que vale mesmo a pena. Não só a leitura como a reflexão sobre valores de ontem que não passaram de moda, para as pessoas boas.

Ontem houve bola; hoje há política!

Só falta o fado.
Mas também o temos, ou seja, é sina nossa investir a nossa admiração, o nosso orgulho, outros sentimentos à mistura e sair-nos tudo "furado".
Não tenho bandeira, porque se esgotaram nas imediações. Ainda por cima com Alcochete à vista.
Mas tenho outras bandeiras dos tempos idos dos comícios de boa memória. Mas hoje não posso desfraldá-las, porque estamos em plenas eleições.
Mas que apetece, apetece!

sábado, 12 de junho de 2004

É preciso não ter vergonha nenhuma!

Comunicar, através dos jornais, à população em geral e aos interessados, igualmente em geral, que está tudo bem! Na verdade, o que está mesmo mal é avançar com conclusões sobre algo que mexe com a vida de muitas, muitas pessoas.
E essas pessoas, os professores, têm de se contentar com essas conclusões, porque o objecto da análise, a "alegada"* lista não está à vista, a não ser depois do povo ir a votos.
Que vergonha!!!!
*Finalmente, arranjei maneira de empregar um termo que ouço, ouço e ouço.

De que lado fica o coração?


Do esquerdo, tá claro!

sexta-feira, 11 de junho de 2004

O Ponto

Mínimo sou,
Mas quando ao Nada empresto
A minha elementar realidade,
O Nada é só o resto.

De Reinaldo Ferreira

É a vida!

A vida é assim!
Há dias que são de uma tristeza de morte! Mas mesmo nesses dias, a vida agarra-se à vida, como uma lapa.
Eis-nos a chorar, com ou sem lágrimas, mas a chorar, a sério, por dentro,ou de modo mais visível, a morte de pessoas que, não sendo nossas enquanto pessoas de carne e osso, eram nossas no domínio das ideias, do pensamento,
Ao lado dos carros funerários, passa a marcha popular!
É assim a vida: há tristeza e alegria! Há choro e cantigas!
Há música para uma situação e para outra situação! Há morte e há vida, lado a lado.
É a vida!

quinta-feira, 10 de junho de 2004

Silêncio ...

...flores

e dois versos dos Lusíadas, alusivos à obra que fica para além do inevitável desaparecimento físico do homem.

" E aqueles que por obras valerosas
se vão da lei da morte libertando"


Em dois dias desaparecem dois vultos da cena política portuguesa.
Eram, apesar de tudo e sobretudo, dois homens, duas pessoas, com família e amigos que lidarão com a dor e com o vazio durante muito tempo. Talvez todo!



domingo, 6 de junho de 2004

D Day aconteceu

porque homens da fibra do nosso herói (João Sem Medo) saltaram o muro do desgosto e foram para além de todos os limites, para além do medo... Para além da dor, diria Pessoa. De facto, desde os marinheiros de quinhentos que não se via coragem assim!
Há vinte anos estive lá, no palco da coragem e há dez também. Pensar que estamos a pisar a mesma areia que aqueles homens que vinham em missão quase impossível e, sem qualquer truque ou ficção, libertaram a França, a Europa e o mundo das teias de um louco!!!
Sente-se a responsabilidade de respeitar infinitamente esses homens. Muitos deixaram lá a vida, nessas praias!!! Meu Deus, como a raça humana às vezes se transcende!
Li cartas verdadeiras escritas a mães que esperavam os filhos do lado de lá do mundo. Essas mães gostavam dos seus filhos como eu gosto dos meus. O valor de um filho é universal!
Estive perto de veteranos, que voltam ali todos os anos, para assistir às comemorações.
São emoções impossíveis de descrever e de esquecer!

quinta-feira, 3 de junho de 2004

Quando o telefone toca ou posso dizer a frase!

Sei de alguém que anda à procura desta cantiga!
Não sei se este senhor, Sir Paul Mc Cartney a cantou, no sábado passado, no palco da Bela Vista.
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Enjoy the song!

A preguiça

Esta linda preguiça

tem mesmo de viver em liberdade, pois, de acordo com estudos publicados, em cativeiro, morre!