A todos os que com muita ternura me deram os parabéns no dia dos meus anos, me deram presentes, me disseram coisas lindas ou as escreveram: a todos, obrigada.
Costumava aborrecer-me fazer anos e consequentemente estar a envelhecer.
Este ano deitei fora essa preocupação.
Está certo que estou mesmo cada dia mais velha, mas também é certo que a "consulta de saldos" da vida me dá nitidamente a noção que tenho sido uma privilegiada.
Tenho um "recycle bin" para as memórias menos boas e um guarda-jóias para as outras.
Estas jóias vão ser ainda certamente acrescentadas e eu vou usá-las todas no futuro par me enfeitar os dias.
No entanto, não há dia de anos nenhum que eu não me lembre do poema de Pessoa: Aniversário..
Acho-o muito triste e ele morreu bem mais novo do que eu.
Mesmo rejeitando aquela dose bem servida de tristeza, roubo-lhe um verso:
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
Se não se importam, transformo a palavra raiva em pena. E mesmo assim ligeira.
Reformulo:
Sinto uma pena ligeira de não ter trazido o passado roubado na algibeira.
2 comentários:
Oynk!, Madalena... fizeste anos?... que vergonha, e eu nem me apercebi... nem peço desculpa... Mas, ainda que atrasados, dou-te muitos, muitos beijinhos de PARABÉNS!!! _ IO.
Eu já pedi para... se chegar à plena juventude cedo demais, para que possa levar o meu guarda-jóias e matar saudades de todas as coisas maravilhosas que já me aconteceram na vida (e ainda sou um bocadinho velhinho!)
E tu estás lá...
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