O escritor que a cultivou morreu há dez anos, diz o Público.
Não sei se concordo com este encaminhamento de opinião sobre o modo de vida literária, o pensamento de Torga.O poeta acompanhou-me, literariamente está claro, vivo, durante duas décadas.
Achava então e continuo a pensar o mesmo hoje, dez anos depois da sua morte, que era uma alma atormentada em busca da perfeição do ser humano.
Ele queria que os homens fossem tão perfeitos como a Natureza.
Não sei se isto é "solidão radical"?!
Pode ser uma consequência, talvez, mas não creio que tivesse sido cultivada.
Há uma solidão interior em todos os homens.
Nos nossos limites, nascer e morrer, somos solidão absoluta.
Mas essa solidão absoluta, para mim diferente do conceito de solidão radical, é inerente à condição humana.
1 comentário:
Obrigada Eufigénio! Pelo menos não estou sozinha nesta opinião.
Ouvi uma especialista de literatura, na TSF, dizer que poucos autores são tão coerentes como Torga, em termos de vida e obra. A intransigência, como ela lhe chamou, foi uma constante no poeta e no homem.
Desta feita, concordo!
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