Por mais que mude a luz
De cada panorama,
O teu vulto persiste
Em ser a imagem triste
Da tristeza africana(Do volume XII do Diário)
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Árvore roubada aqui.
Disse ainda, ou melhor, escreveu ainda, o seu deslumbramento na Ilha de Moçambique, onde esteve a 7 de Junho: "Ah, génio lusíada quando acertas! Quando não te abastardas! Quando te medes com o impossível! Fazes de um banco de coral o centro geométrico da concórdia do mundo!"
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Ilha roubada no mesmo sítio .
A 10 de Junho escreveu, no avião que o levava de Moçambique a Angola:
"A mesma sensação da outra travessia. Esta África tem qualquer coisa de embrionário, de protoplásmico, de massa a levedar. Tudo nela me parece informe, indeciso, os rios ainda sem leito, os montes ainda sem equilíbrio, os seres ainda sem destino, a natureza ainda sem paz. Olho e tenho a sensação de ver uma imensa placenta."
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É assim, vista de longe, diz a NASA.
Eu prefiro a visão do poeta!
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