sábado, 10 de setembro de 2005

Fragilidades

Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
Não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil


Todos temos fragilidades, mas nem nós próprios as aceitamos, quanto mais os outros!
Escondemo-las e pensamos conseguir fugir-lhes uma vida inteira.
Engano! Puro engano!
Ontem, enquanto procurava um bom programa de televisão para me adormecer, encontrei um que me despertou: uma entrevista de Jorge Palma, uma das conversas da Ana Sousa Dias.
Pensei que ia acabar logo e que iam falar só do percurso musical. Mas enganei-me e fiquei por ali, bem acordada, a seguir, com muito interesse, a história de vida pouco comum, que eu já conhecia, mas com conclusões que eu não suspeitava na "pele" do Jorge Palma.
Recusando ser sisudo, temendo mesmo tornar-se sisudo, Jorge Palma apareceu ali ( e noutros lugares que eu ainda não vi) a dar a cara (neste caso, a cara, o corpo e a voz), por um estilo de vida mais consentâneo com a saúde física porque, segundo disse, a vida é valiosa. Deduzi que demasiado valiosa para a deitarmos fora!
Preciosa foi o adjectivo.
Falou sem ostentações inúteis de um percurso de substâncias que o enjoaram.
Menos o álcool!
Foi dele que se livrou com a consciência de que o corpo não é um embrulho que aguente tudo.
Às vezes, até é conveniente que se escreva, em letras bem grandes, a palavra "FRÁGIL", tal como a recomendação do lado que deve ficar para cima...
Gostei!
Imagem daqui

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