quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Sonhos

Quando me acontece readormecer de manhã, os sonhos assaltam-me.
Assaltam-me, sim! Roubam-me a tranquilidade de acordar normalmente, sem sobressaltos!
Às vezes são pesadelos horríveis que eu tento esquecer logo, logo.
Outras vezes são peças cómicas que nem saídas da pena de um humorista experimentado.
Esta manhã, então, sonhei que um amigo meu, já nos seus cinquentas, tinha sido contemplado com um novo filho. O amigo em questão é alguém cujo perfeccionismo esbarra constantemente na realidade. Logo aí, um filho nesta idade, já não é perfeição nenhuma.
O meu sonho começa precisamente no momento em que ele o foi ver à maternidade.
Observou a criança, com muito cuidado e para completar essa inspecção minuciosa ao neófito, pediu um Livro de Ponto do quinto ano de escolaridade, para analisar as disciplinas e respectiva carga horária que o seu rebento viria a ter, daqui a dez anos.
Eu penso que o culpado deste sonho ridículo foi o noticiário das seis da manhã na TSF, que anunciava (tão cedo, Meu Deus!) que "Os professores de Matemática dos 3º e 4º anos vão passar a ser alvo de acompanhamento por parte de colegas do Ensino Superior com competência específica na área."
Mesmo com notícias destas, o dia amanheceu bonito...
apontedemanhã

2 comentários:

Anónimo disse...

Sonhos e realidade. Às vezes não conseguimos distingui-los. Como neste caso. Parece-me mais real a história do teu amigo do que a peça do noticiário.

E eu a pensar que ias escrever sobre o James Dean!
Beijinhos

Dinamene disse...

Delicioso, magnífico, Madalena!
Se não fossem os pesadelos, pedia-te que tivesses mais sonhos que te fizessem escrever assim!