Quando Sebastião da Gama dizia "O que eu quero principalmente é que sejam felizes" ninguém podia prever que ensinar o caminho da felicidade fosse outra coisa que não poesia!!!
Coitado, esse era poeta! Imagino que, para muitos, o professor deveria ensinar a escrever sem erros e a fazer contas de cabeça. Isso de ser "apenas o camarada mais velho" foi, sem dúvida, uma ideia vanguardista que só não foi mais vilipendiada pelos austeros defensores de um modelo de educação rígido e severo porque, além de ser poeta, Sebastião da Gama morreu cedo.
(E a morte ainda impõe muito respeitinho!)
Alguém se lembra de uma chamada oral?
Para nota? Quando os alunos lhe perguntavam se era para nota, ele respondia:“Não. É para aprender.” E no seu pensamento prosseguia “para eu aprender, para o aluno aprender; para estarmos mais perto um do outro”.
E a rejeição do vermelho, para emendar! Ele emendava a azul ou a lápis, consoante o trabalho do aluno fosse a lápis ou a azul. E não riscava os trabalhos dos alunos, porque pressupunham dedicação e esforço, que não se devem riscar.
O professor definia-se como um saloio por dentro, a propósito de ter sido criticado pela linguagem que usava, aquando da sua prova de admissão ao estágio.
Afinal, cinquenta e tal anos depois, as coisas estão na mesma: as pessoas precisam de palavrões, em vez de palavras, para avaliarem a sabedoria de alguém.
Problema de entendimento!
Falta de educação!
Falta de poesia!
É este o professor que eu gostaria de recordar hoje aqui!
5 comentários:
Lindo post Madalena.
Beijos
«Pelo sonho é que vamos (...)», Madalena. Conheces o Museu? (http://www.azeitao.net/Sebastiao/museu.htm)
Bem reaparecida sejas!
Um beijinho.
Olá Madalena!
Que bom que é ver que Sebastião da Gama ainda é reconhecido e admirado! E sabes bem por que é que o digo!
Um beijinho,
Emília.
Não faço nenhum comentário porque conheço mal o Sebastião da Gama. Nunca li o seu Diário. Só alguma poesia que me deu a ideia de que ele era uma pessoa feliz, não obstante a doença de que sofria.
Beijinhos
O post adequado. Bom para ser lido e reflectido. Quanto mais o leio mais angustiada fico com tudo isto por que estamos a passar.
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