terça-feira, 25 de outubro de 2005

Lisboa

Lisboa
Lisboa é uma cidade tão de todos!
Eu gosto de Lisboa, embora não me apeteça viver em Lisboa. Apetece-me, sim, ter Lisboa muito ao pé e muito à mão.
Não é especialmente pelas zonas históricas que eu gosto de Lisboa! Não é sequer pelos espaços mais modernos, mais abertos e mais livres como a zona Oriental tão bem recuperada aquando da Expo 98!
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É por um conjunto de traços que resistem ao tempo e às modas que, tornando-se aparentemente irreconhecíveis, se reconhecem, numa moldura de pedra teimosa como o Aqueduto das Águas Livres, que permite o crescimento dos prédios, mais arrojados, menos arrojados, em termos arquitectónicos, claro! Imune às modas ou aos estilos, contempla, o Senhor Aqueduto, pois, do alto dos seus sessenta e mais metros de altura, o frenesim dos viadutos, dos Eixos Norte-Sul, estradas que passam por cima e por baixo uma das outras, vias que anseiam a sabedoria das veias do corpo humano!

Foi esta Lisboa (que eu amo) que foi conquistada aos Mouros, a 25 de Outubro de 1147!
É deles que vem a minha pele morena, a pele morena da minha mãe, da minha avó e por aí história fora, até chegar ao mouro, ou à moura que me pertence na milésima parte do meu mapa genético.
Provavelmente, nada disto faz sentido, mas eu gosto, por razões de estética da raça humana, de pensar que tenho sangue mouro algures num cabelo que já foi negro!

3 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Que seria de mim sem a graça e a elegância dos teus textos?
Beijinho

Madalena disse...

Beijinho para ti e obrigada pelas palavras!!! A minha auto-estima agradece!!

Dinamene disse...

E mais um que tem sangue mouro e gosta de «mouras encantadas»!