sábado, 8 de outubro de 2005

Uma teoria com a patente Crocodile Dundee

Em causa estão dois estilos de vida: um, naturalmente simples; outro naturalmente civilizado.
Não deve ser muito fácil seguir o caminho dito do bem, aquele que obviamente é mais favorável às emoções boas, o simples. Se fosse fácil, todos o teriam feito!
Para o nosso Eça, a civilização era Paris e à roda desta ideia, desta dicotomia, desenvolveu o seu último romance: A cidade e as serras.Pigmaleão não precisava sequer de sair de Londres para encontrar os dois estilos, as duas vias para a ambicionada felicidade. Bem se arrependeu o pobre Doolittle de ter emitido tão doutas opiniões, perante homens como Higgins, que se apressam a divulgá-las, tornando um pobre diabo num homem carregado de responsabildades.
O princípio do Crocodile Dundee é o mesmo: onde é que o homem é mais feliz? Nos recantos mais longínquos, rodeado da natureza na sua forma mais agreste? Ou numa cidade onde aparência de felicidade é uma ditadura imposta por um modelo de civilização e progresso?
Para Mick existe um único estilo de vida: o da sua aldeia.
Lá, quando alguém tem um problema, vai até à taberna, conta ao Wally, Wally conta a toda a gente da aldeia e o problema passa. Mick tem o seu amigo Wally. Sue tem um psi. Qual deles cumpre melhor a sua função?
Paul Hogan, o actor e autor do guião, faz hoje 66 anos!

(Hoje já consegui contornar o problema do PC... Um dia de cada vez... Quem sabe, amanhã talvez consiga também...)

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