terça-feira, 28 de março de 2006

Nem às paredes confesso?

Já não me confesso, no sentido religioso do termo, há muitos, muitos, muitos anos.
Mesmo sem confissão, tenho penitência a cumprir. Seja!
Quatro empregos?
Quatro escolas,talvez!
O Externato Odivelas, onde comecei e onde vivi o melhor tempo da minha vida em termos profissionais. O que determina esta classificação é a minha juventude, 23 anos, a par dos tempos agitados de ideal: 1975!
Escola C+S de Manique do Intendente, a mudança, o longe, os caminhos, as madrugadas na A1 ainda com duas faixas até Vila Franca de Xira. Uma escola que também me deixou saudades.
Escola da Apelação-Catujal, numa zona de risco. Mesmo assim, uma escola feliz. Na altura, claro!
Benavente, duas escolas. Uma velha, a funcionar numa velha estrebaria. Uma nova, a estrear, longe do povoado. Dois anos de bom convívio.
Finalmente, Montijo. São quinze anos passados a baloiçar entre a sensação de estar a chegar e a de estar para sair. Não sei porquê. Quando cá cheguei a escola era uma. Hoje é outra. Acrescentada de pavilhões. É uma escola enjeitada. Os quadros pretos não se deixam já escrever. O mobiliário é o que sobra de outras escolas. Todos nos queixamos do mesmo desconforto, da mesma falta de condições. Mas todos vamos ficando, unidos, sem dúvida, pela amizade que, talvez por isso, se fortalece.
(É suposto isto ser confissão, logo segredo, não é?)
Quanto aos meus lugares, aos meus quatro lugares:
Lourenço Marques, Lisboa, Odivelas e Montijo.
(Também é para dizer os Parques de Campismo?)
Quatro filmes: Cinema Paraíso, porque o Alfredo é igualzinho ao meu pai;
My Fair Lady, porque gosto da história, das cantigas, das roupas, das falas, da pronúncia e da Audrey; O Inesquecível Simon Birsh, porque é uma lição!Um qualquer do Vasco Santana!
Quatro pratos favoritos: as comidas da minha avó e das minhas tias como caril de galinha, arroz de grelos e caldo verde.
Televisão: só o que dá tarde,muito tarde. A minha TV é isto...
(Eu pecador me confesso...)
Sites: jornais e blogs.
Quanto aos lugares onde estou bem... Todos somos um pouco como a cantiga do variações "Só estou bem onde não estou", o que, em última análise, é bem capaz de querer dizer que estamos sempre bem onde estamos. O melhor lugar do mundo é a minha casa, porque é a minha casca!
Vítimas?
Teté!, vá lá!!!!
A culpa é dele, Teté!

3 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Como é que fazes para a partir de "qualquer coisisnha" produzires um peça literária?
:)))
Beijinho amigo

Anónimo disse...

É como diz o Espumante. Quero aprender contigo a responder a inquéritos. Magnífico!
Beijinhos

papoilasaltitante disse...

Muito trabalho...passei apenas para dizer olá e não estás esquecida!! Bjos