E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...
José Mário Branco, FMI Cortesia de Cão de Guarda.
Ouvir tudo aqui e depois inventar "o mar de volta" e seguir em frente.
Lavremos o pedaço de terra que nos cabe lavrar.
7 comentários:
A invenção do mar de volta... das experiências vividas.
Renascer, para de novo estar preparada/o para voltar a partir.
Sentir a terra que nos devolve aquilo que lhe foi oferecido para crescer depois de lavrada.
Não fui a Lisboa. Não vi o Rei.
Passram-me até despercebidas as referências na TV ou noutro meio de comunicação.
Sabia-o lá.
Recordo com simpatia algumas canções.
Mas obtenho uma imagem incomparávelmente viva e completa daquilo que terá sido a sua presença, através das palavras que escreveste.
São rosas.
Rosas para tantas mulheres.
A praça.
Os conselhos cumpridos, a regra exigida.
A lembrança do carinho da amiga Rosa.
Um abraço
Parabéns pelo blog!
Não conhecia mas vou voltar!:)
Beijinhos e continuação de um bom fim-de-semana!
Li algures, não me lembro onde, uma frase do Stau Monteiro que dizia que os portugueses não partiram por esses mares em busca do desconhecido mas em fuga do conhecido.
Se calhar tinha razão.
Beijos
Bom dia, Madalena.
Dei por bem empregue os 25 minutos que me proporcionaste na dica que aqui tens.
Para além de me recriar na leitura das palvras que ditas, claro.
Beijokas
Seguir em frente sempre!
Bjs
Olá, Madalena, "fanei-te" o Zé!
Obrigado.
Bjos.
Não, não consigo. O Castpost fá-lo a rotações aceleradas. Desisti.
:))
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