Há a ideia generalizada de que a virtude e o prazer não podem coexistir no mesmo plano de consciência. Ou um. Ou outro. Os dois, é que não!
Por isso, quando o prazer ataca o sentido, seja ele qual for, a virtude não assoma aos olhos de ninguém. Quando a virtude acena, o prazer normalmente ausenta-se...
Um dia, ouvi um padre, meu colega de Moral, dizer que o que é bom ou é pecado ou faz mal ao fígado. Pelos vistos, a originalidade do pensamento só a mim me apanhou desprevenida.
Fiquei, desde essa altura, de sobreaviso...
Já estava, assim, à espera que, mais dia, menos dia, viesse à tona mais uma remessa de pecados.
Se isto é bom e dá prazer, só pode ser pecado.
Espero, pelo menos, que não seja pecado mortal!
Voltei.
Deslumbrei-me, como sempre, com o azul do mar que avisto ao longe, com o azul do céu que me perdoará todos estes pecados!
E esta luz? Torga diz que "é uma indolência universal, despida".
Se até a luz se compraz na ausência da virtude, como poderemos nós resistir a tanta tentação?!
2 comentários:
Grande 'post' a marcar o teu regresso, boa!! - beijo, IO.
Penitência!!!! LOOOOOOOOL Mais uma pecadora no confessionário!!!
Bjs e boa Páscoa
Enviar um comentário