domingo, 9 de julho de 2006

No aniversário do Poeta Padroeiro

José Gomes Ferreira nasceu no Porto, em 1900, numa transição de século e não só. Numa transição de pensamento, que é o que mais conta nestas coisas de mudanças!
Estamos em plena época de sentimento de nação que nos é incutido, estranhamente ou não, pelo futebol. Não vou perder-me em meandros de conclusões acerca da relação intelecto e bola. Hoje, o futebol está na moda e até o MEC escreve sobre o Mundial.
Mas voltando ao Poeta Padoeiro deste espaço.
Na página 70, dos Dias Comuns IV, o poeta fala da palavra bandeira...
Não podia ter mais actualidade, pois neste momento os jogadores da Selecção regressam a casa.

Manhã de sol fixo
com as ruas barricadas de olhos e bocas
e a minha bandeira de papel de seda
à fente do povo de espingardas às costas
na naturalidade de comandar sonhos...


Parece que o poeta voltou para explicar esta capacidade de comandar os sonhos!
E ainda, bem a propósito também, a glória.

Mas a glória...
Bom. Que é a glória? No meu caso a persistência de alguns sons depois da morte.

(página 67, do mesmo tomo)
Ei-los!

2 comentários:

eduardo disse...

Hallo! Grub dich!

125_azul disse...

Só tu: juntar intelecto, poesia e bola! És mesmo boa pessoa!!! Beijinhos, semana feliz.