sexta-feira, 25 de agosto de 2006

O "meu" Liceu

Já nem sei como é que cheguei ao site do Liceu, mas devo dizer-vos que fiquei muito feliz.

Este foi o meu Liceu, no biénio 1968/70. Estava na turma B, se a memória não me trai e se as turmas correspondiam às alíneas. A sala de aula ficava quase em frente à sala de professores, do outro lado do átrio, claro.
Tenho muitas memórias desse tempo: a bata azul, bem feia por sinal; a entrada pelos "fundos", já que a entrada principal só era usada pelos professores; o Senhor Alexandre que queria fingir que era "mau", mas não conseguia, pois tinha a bonomia estampada no rosto; o professor de Português, o Doutor Adalberto Azevedo, a quem fiquei a dever para sempre os conhecimentos que me serviram para a vida e que me ensinou a humildade, à sua maneira; a professora de alemão, Doutora Fernanda Ricardo, que me ensinou Machado de Assis: "Está naquela idade inquieta e duvidosa/ Já não é bem menina e ainda não é bem mulher..." ; A Doutora Lívia Rocha que me ensinou a subjectividade da beleza, no intervalo das inúmeras gravidezes; a professora de Inglês, a professora de latim e outros.
A minha turma era praticamente constituída por raparigas. Os rapazes que por lá passaram fugiram apavorados: o Ranito e o Barjona. Na turma ao lado, os rapazes sentiam-se mais tranquilos e mais acompanhados. Além disso o Luís Arriaga fazia a festa nos intervalos e punha todos bem dispostos.
Que dia bom para incursões da memória!
E como o mundo é pequeno, já lá encontrei o Gil, que tive o orgulho de conhecer num dos dias mais importantes da sua vida: o dia do lançamento do seu "Xicuembo"!
Imagem do Victor Passos.

3 comentários:

Pitucha disse...

Estou tão atrasada na leitura dos "meus" blogues...resultado da indisciplina estival e de um computador velho e antigo, sem pressas!
Agora pus a leitura em dia comento apenas que também aqui havia uma biblioteca no jardim (o jardim ainda lá está, a biblioteca não) onde passei longas horas de aventuras e que o meu liceu era uma escola de barracões, como tantas outras, onde vivi experiências únicas em período pós-revolução.
E sim, também preciso do mar, do sal, da maresia para viver, como do oxigénio para respirar!
Beijos tia Madalena

Anónimo disse...

Acho que não podemos prolongar por muito tempo a ida a Moçambique. Tu vais matar todas essas saudades e eu vou conhecer o que me dizem ser lindo. Não te esqueças de ir jogando no euromilhões, temos uma hipótese de ganhar, se jogarmos!
O liceu que me mostras e a página que visitei fazem inveja a qualquer professor que hoje dá aulas em barracões...3º mundistas.

Anónimo disse...

Bem que tive de ler quase todo o 'post' até perceber que raio de lugar era este... já sei: era o outro, aquele a que ganhávamos em basket lol! - beijo para ti, Vi' e Gil, IO. E não estranhes se esta semana não comentar muito.