sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Dezassete de Novembro

De 1717. Começou a ser construído o Convento de Mafra.
Será Mafra ainda o destino saloio dos Lisboetas, ao domingo à tarde?
Até lá chegarmos há moinhos na paisagem e as trouxas na Malveira. Bem perto, a Olaria do Zé Franco! E o velho oleiro? Ainda ali está, moldando as suas figuras?
Na última vez que lá fui, num desses passeios saloios, tive a sorte de assistir a uma pequena celebração do seu aniversário, que foi feita assim, ali mesmo, com os convidados que apareciam, mesmo sem saberem da feliz data, como eu! Eram 82 anos e era dia de S.José. Bem honrou o padroeiro do seu nome com as suas imagens! Trabalhava ali, à frente de todos. E nesse dia também o fez. Interrompeu, porém, a sua arte, para oferecer um copo de vinho e perguntar, com simpatia, a opinião dos visitantes sobre o aquele lugar.
Em Mafra, terra propriamente dita, todos os caminhos vão dar aos sinos do famoso carrilhão do Convento. Ouvem-se num raio de quinze quilómetros. Os duzentos e vinte metros de comprimento tornam este monumento uma verdadeira omnipresença naqueles lugares, que recendem uma respeitável tranquilidade histórica.
Dentro do Convento apagam-se todas as sensações que se traziam do caminho saloio.
Uma solenidade imensa convida à reflexão.Imagem do IPPAR

3 comentários:

molin disse...

Faz-me sempre lembrar o Baltazar e a Blimunda.

Grande obra. O convento, e óbvio. A outra é mediana.

Claudia Ganhao disse...

Madalena,
Foi com muito prazer que li este seu último post acerca da minha terra e do meu concelho.
Nascida e criada na Malveira, sou uma verdadeira saloia e gosto de o ser!
Tenho orgulho nesta minha terra e nas suas gentes, simples, trabalhadoras e acolhedoras!
Mafra ainda é p destino saloio dos lisboetas, que cada vez mais procuram este concelho não só para passear mas também para morar.
Um beijinho muito grande

Anónimo disse...

Só duas à parte: sempre que vejo este mosteiro, lembro-me que há um livro em que tenho que voltar a pegar a ver se, desta, não o abandono... - e não é que, hoje, o autor estava no mesmo edifício em que hoje fui ao cinema? - beijo, oh grande teacher, IO.