O mágico Spielberg faz hoje sessenta anos.
(Por que será que os ícones da minha geração estão todos à beira de ou mesmo a transpor a barreira dos sessenta?!)
Mesmo assim, e talvez porque isto dos sessenta seja de facto uma coisa nos outros outra em nós mesmos, ou naqueles que nos são chegados, não são os sessenta que lhes vai apagar o brilho, seja ele de origem tão pública como o de Steven Spielberg, seja esse brilho mais privado, mais cá de casa...
(Cá em casa, ainda faltam uns meses. É só em Setembro!)
Depois desta camada de brilho, vulgo graxa, aos meus ídolos, vou então dizer o que tinha para dizer, sobre o aniversariante de hoje. Não posso deixar de associar para sempre o nome de Steven Spielberg a dois dos filmes que mais me marcaram nos últimos vinte anos. Ou, mais precisamente, vinte e cinco, pois a ternura do ET, que fez tocar as campainhas da nossa memória de crianças, vem de mais longe!
Sempre que revejo o ET sinto saudade de uma fantasia tão verdadeira, dói-me a pena de não sentir muitos ETs por aqui. Devem ter voltado todos para casa e há apenas uns quantos Elliots, ou irmãos de Elliot, que cumprem a sua missão de guardiães dessa fantasia.
O outro filme de Spielberg que tenho como referência é o Império do Sol. Uma história de sobrevivência nas fronteiras da vida e o custo dessa mesma sobrevivência.
O filme não foi muito bem aceite na altura pelos senhores que tornam os filmes mais ou menos famosos, consoante lhes toque as fibras da responsabilidade e da consciência. Mas a história do menino branco e loiro que perde de vez a inocência perante a morte do seu companheiro "amarelo", em plena brincadeira de crianças, a história, dizia, ficou por aqui, ao alcance de todas as consciências, sobretudo para as que hão-de vir!
"He was my friend!" diz o garoto! "He was a Jap!", corrige alguém com os pés menos assentes na verdade dos sentimentos.
Imagens daqui e daqui
2 comentários:
Madalena, olá...
Dois filmes que eu adorei, pela ternura... e nada percebo de psicologias mas estes filmes ainda ensinam alguma coisa à humanidade...conseguem fazer "knock,knock nos nossos corações!...
Beijinhos
M.Dores
O ET para mim eh dos grandes filmes da minha vida, definitivamente o meu filme de infancia... e se nao o mais marcante, um dos mais marcantes... talvez rivalize com o Bambi. E, para mim, este Natal ainda soube menos a Natal porque nao o vi, nem o pude alugar para ver, infelizmente. E tenho quase 30 anos, ja o vi mais de uma centena de vezes, e continuo a chorar no fim... porque um filme nao marca se nao me encher o olhito cada vez que o vejo. Mil beijinhos fofos. Vim agradecer-te a visita ao meu cantinho, e conhecer um pouquinho de ti... e desde ja te digo... de todos os posts que li, o meu favorito foi o primeiro!
Um 2007 cheio de coisas boas.
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