Os votos primeiros vão para a Azulinha.
Que a tensão desça, para que o Miguel, o Rei, possa passar mais uns tempinhos aconchegado na barriguinha da mãe, sem sobressaltos. Coragem e esperança não tem faltado àquela família real. A todos os que estão envolvidos nesta aventura de viver e fazer viver, em tons de Azul, eu junto também a minha esperança. O dia está quente. O sol brilha com alguma intensidade. Também o dia 31 de Dezembro de 1977 foi assim, quente e luminoso. Não que eu me lembre. São os diários de Torga que mo revelam, num fragmento de prosa poética que não resisto a transcrever. Até porque fala de esperança e, mesmo correndo o risco do chavão, eu não consigo pôr de parte essa boa expectativa para os dias que hão-de vir.
"Coimbra, 31 de Dezembro de 1977- O ano acabou em beleza, doirado de sol e de paz. Dir-se-ia que o atormentavam os remorsos de ter sido desilusivo durante trezentos e sessenta e quatro dias e procurava reabilitar-se no último com um sorriso de esperança. Às vezes a natureza também parece humana. Também nos dá a impressão de que está a ser propositadamente generosa, gentil, cordial. Que paga uma dívida que lhe pesa na consciência."
1 comentário:
Madalena, não existe risco nenhum.
Seria o caso se não fosse oferecido. Afinal, quem melhor para nos lembrar em momento oportuno, o dia ou a data ?!
Coimbra, 31 de Dezembro de 2006 - O ano vai acabando em beleza. Embora o sorriso da Mâe Natureza seja tão gentil e generoso, alguns quase o ignoram. A dívida é mais dos homens do que dela.
Esteve (vai estando) assim aqui nesta cidade, tal como à 29 anos atrás.
A esperança de fazer das forças um gesto generoso, desenvolver o respeito pelo outro, promover a igualdade e viver com amor, é sempre possível.
Ainda é Natal, o Ano Novo chega hoje.
Boas Festas.
Um abraço
Enviar um comentário