sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Os provérbios, as mães e os pais têm sempre razão!

A minha mãe costuma dizer que há ganhos que se transformam em prejuízos. Foi o que me aconteceu ontem.
Tanto andei, tanto andei, que descobri uma oficina pequena que me fez um orçamento simpático, para reparar a embaladeira vítima de um murozito atrevido que nasceu onde não devia.
(O que eu percebo destas coisas! É fantástico! Até sei o que é uma embaladeira! Uma avó, por exemplo, é uma embaladeira! Uma tia é uma embaladeira! Eu, por exemplo, tenho vocação para embaladeira!)(Agora é a sério!)
Passei, alegremente, da ideia de pagar 695 Euros, para a ideia de pagar apenas 120, ficar com o caso arrumado e esquecer, de uma vez por todas, a mazela do carro, o meu sentimento de culpa, a humilhação à vista, a preparação psicológica permanente para reagir às "bocas do costume", do tipo, "Dão cartas às mulheres!",etc...
Passei, menos alegremente, para uma despesa muito maior, até ao momento desconhecida, ao dirigir-me à tal oficina baratinha, com "meu motorista privadíssimo" que seguia atrás de mim com o carro a ser emprestado, durante a curta passagem do outro pela operação plástica.
Num determinado sítio, depois de um cruzamento, passei e a minha tendência para conduzir sempre um bocadinho pelo lado esquerdo, devido a problemas de lateralidade, origens ou simples incumprimento de algumas regras muito básicas, livraram-me do embate. Tive, no entanto, a perfeita noção do perigo causado por uma camioneta mal estacionada e o sol das oito da manhã a bater em cheio nos olhos de quem chegava àquela curva. Abrandei e, a medo, segui, sempre com os olhos postos no carro que vinha atrás. A baixa velocidade contribuiu para que não houvesse praticamente violência no embate. Os estragos até são muitos para o embate que foi: um vidro (pára-brisas, acho que se chama assim!), um capô (ou lá como é que isso se diz ou escreve! aquela porta que abre apenas para os olhos dos entendidos em motores e coisas assim!), uma óptica, que antigamente se chamava farol e tudo o que é chapa ou plástico nos arredores da lesão.
Mas, como dizia o meu pai, podia ser muito pior. E teria sido se alguém se tivesse magoado.
Foi assim que voltei para casa com o mesmo carro e a mesma embaladeira amachucada...
Mais valia ter ido ao outro e dispor-me a pagar os 695 Euros!!!
Acho que o provérbio era mesmo assim: adeus ganho que se vai em perca!
A minha mãe tinha razão e o meu pai também.

4 comentários:

Pitucha disse...

E apesar dos estragos conseguimos sorrir pela form divertida como contas!
Beijos

Anónimo disse...

Só uma koisa: provam as estatísticas que a percentagem de bananas homens ao volante é muito maior que a das mulheres.

beijo a ti e à tua mãe, IO.

Nelson Reprezas disse...

Passando aqui de raspão, não resisto a interrogar-me sobre a surpresa que a IO manifesta pelo facto de haver mais carros conduzidos por bananas - homens do que bananas mulheres - se é que há algum. Não creio que seja uma questão horto-frutícola, tão evidente é o que a Isabella diz :))))penso que não há nada a fazer no sentido de se alterar a questão. E cala-te boca que me está a saltar o pezinho para o disparate, mas já me ri com o comentário da Isabella.
Fica aqui a minha solidariedade para a Madalena e longe de mim pensar que ela é alguma banana ao volante. Não tem cara disso...
:)))
Boas férias a tutti que eu vou passando por aqui de vez em quanfo

IC disse...

Já me ri pela forma como contas (o que é preciso é encarar as chatices com boa disposição e com humor, se possível).
Mas estou em férias "bloguistas", vim aqui só dizer-te que acabei de te dar notícias por e-mail.
Beijinho grande.