quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Para que conste, de novo....

Assisto, incrédula, ou quase incrédula, à emissão de opiniões, formuladas por pessoas que em nada se identificam com este governo, elogiosas, rasgadamente elogiosas para a Ministra da Educação, a propósito da sua última intervenção pública no programa Prós e Contras.
Não estou aqui para "desconvencer" ninguém. Não me incomoda nada o juízo que outros fazem do meu juízo. Só lamento que as pessoas utilizem um problema que tem tido tratamento mediático do mais variado que há para mostrarem que não acreditam mesmo nos professores. São poucos os que vêm ter connosco e nos perguntam "afinal o que é que se passa mesmo?". Entendem o que querem entender dos discursos avulsos que aparecem na comunicação social e aproveitam para exorcizar traumas antigos de reguadas que lhes deixaram marcas na alma certamente. A minha também tem. Como dizia o José Gomes Ferreira, há sempre um professor que nos estraga a infância.
Há figuras a que não podemos escapar na vida, para além da mãe ou do pai. Uma delas é o professor. E aí é que está. Nem sempre esta coisa de aprender e ensinar corre às mil maravilhas. Hoje, o que se pede aos professores é que preencham de cautelas a tal relação pedagógica, para que no futuro não haja muitos a dizer o que disse o poeta e não atirem as culpas da má matemática ou do mau português para um qualquer ser humano que lhe tenha calhado em sorte.
E ainda acho mais graça, quando as pessoas emitem à minha frente as mais injuriosas opiniões acerca dos professores e acrescentam, "claro que isto não é para ti, que eu sei que tu és (elogio baratinho, dos trezentos)"!
Eu até acho que a Ministra mostrou bem o quanto não gosta desta classe a que alguém no Ministério classificou de professorzecos.
E foi disso que muitas pessoas gostaram muito! Infelizmente!

2 comentários:

Anónimo disse...

Mana, deixa falar... há discursos mto inteligentes k estão longe da realidade. Há governantes k desconhecem o seu povo. "Deixa que digam, que pensem, que falem, deixe isso para lá..." Escolhemos uma Profissão tão mal amada quanto considerada necessária. Querem super, perfeitos, fantásticos. E não é que algumas de nós até somos? O importante é a nossa consciência. E aquelas coisa lindas que os alunos nos dizem. Esta semana, a propósito do dia da Língua Materna, fiz um trabalho cooperativo na aula de Português. Saíram pérolas:" Língua Portuguesa, eu amo-te. Língua Portuguesa, queres namorar comigo?" Vê lá que fácil e que lindo! Só o Jorge Sousa Braga apreciaria como eu. Em que outra profissão se fazem poetas? Força! Os ministros e os secretários que já passaram enquanto estivémos na escola... Eu acho que tu és uma Professora por vocação, dedicada e exemplar. Um grande abraço, mana

calamity jane disse...

Depois do comentário acima... só me resta sorrir. Um beijo