segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Só encontrei os versos...

São de Vinicius e falam do Quotidiano, ou Cotidiano, como se escreve do lado de lá do mar...
Hay dias que no se lo que me pasa
Eu abro meu Neruda e apago o sol
Misturo poesia com cachaça
E acabo discutindo futebol
Mas não tem nada não, tenho o meu violão
Acordo de manhã, pão com manteiga
E muito, muito sangue no jornal
Aí a criançada toda chega
E eu chego achar Herodes natural
Mas não tem nada não, tenho o meu violão
Depois faço a loteca com a patroa
Quem sabe o nosso dia vai chegar
E rio porque rico ri à toa
Também não custa nada imaginar
Mas não tem nada não, tenho o meu violão
Aos sábados, em casa tomo um porre
E sonho soluções fenomenais
Mas quando o sono vem e a noite morre
O dia conta histórias sempre iguais
Mas não tem nada não, tenho o meu violão
Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus, escute amigo
Se foi pra desfazer, porque é que fez?
Mas não tem nada não, tenho o meu violão

2 comentários:

125_azul disse...

Verdade: se foi para desfazer, porque fez? E nós nem temos violão...
Beijinho, dia feliz

Brunorix disse...

"Mas não tem nada não, tenho o meu violão"
guardado faz tanto tempo que já nem sei como usar.
Mas sei dizer do pé prá mão,
Que as palavras que cê tem pá me dar,
Também tocam meu coração!
"Mas não tem nada não, tenho o meu violão"

Um agradecimento aos agradecimentos
Bruno