terça-feira, 26 de agosto de 2008

A vacina que sabia a rebuçado

Hoje são muitos os avanços da Ciência, nomeadamente da Ciência Médica e é graças a esse avanço que nós vivemos cada vez tempo.
(A par dos avanços há os retrocessos dos comportamentos, o que devia afligir muito a humanidade, mas pelos vistos não aflige assim tanto, pois já teria havido alguma mudança! A própria humanidade regride, enquanto sentimento que significa o reconhecimento do valor da vida, o solidário reconhecimento das necessidades vitais e consequente empenhamento na viabilidade da sua satisfação, seja dos que nos são chegados e próximos, seja dos que desconhecemos mas são de carne, osso, nervos e sangue, como nós.)
Quando eu nasci havia na panóplia das doenças da infância a chamada paralisia infantil, ou poliomielite, como diziam os entendidos. A doença era provocada por um vírus. Não sei exactamente se todos teriam os mesmo tipo de sequelas, mas dois amigos meus ficaram com uma perna mais atrofiada e usavam um aparelho com ferros que devia magoar muito a alma e o coração das mães. Digo isto porque me lembro bem da tristeza do olhar dessas mães. Mais do que das próprias crianças que activavam as defesas e se desenvolviam com a naturalidade das outras meninas e meninos. Era uma doença terrível e muito temida: matava ou deixava sequelas graves.
Em 1954, dizem uns, um pouco mais tarde, dizem outros, apareceu uma vacina! Ainda hoje guardo a sensação de magia que me provocaram as gotinhas doces! Nem sequer era preciso levar uma pica. Não fazia sofrer e sabia a rebuçado.
O "Mágico" que inventou estas gotinhas chamava-se Albert Bruce Sabin e nasceu a 26 de Agosto de 1906.
Obrigada, Senhor Sabin!
Não é preciso pensar muito para se perceber a importância da vacinação na Saúde Pública, especialmente na infância, especialmente nas crianças para quem já chega a certeza, ou qause certeza, da fome. Foto do início dos anos cinquenta, Alto Molocué, Moçambique

3 comentários:

Gatapininha disse...

Olá Madalena, também eu me lembro o quanto fiquei feliz quando descobri que a vacina eram umas gotinhas doces :)
A Adriana também tomou, mas tenho dúvidas se a Aninhas tomou, quando lá voltar terei que confirmar, pois creio que a doença ainda não foi erradicada.

Também tive uma coleguinha de escola que usava o aparelho nas pernas e andava de muletas, facto que a não impedia de participar em todas as nossas brincadeiras.

jokas

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

(Desculpa a deleção do comentário anterior)

No Brasil todos os anos existe a Campanha de Vacinção contra a Paralisia Infantil. Uma campanha gratuita do estado, que mesmo tendo como a doenda erradicada, mantem a vacinação anual em crianças até 5 anos de idade para se proteger de uma "importação" do vírus de regiões onde não se conseguiu erradicar este triste doença.
Um beijo para ti, Madalena.

Zê Pê