É normal ouvir-se a expressão:isto é o princípio do fim. Já a expressão do avesso, digamos assim, não é tão habitual. É pois um daqueles casos em que o avesso é para ficar sempre escondido, no avesso, ponto final.
Não é certamente este o caso de Sagres, que este ano, fiquei a conhecer um pouco melhor, na sua beleza intensa, na sua natureza agreste, no seu contraste, na sua resistência a um certo tipo de turismo confortável até mais não, no seu permanente pré-aviso de guerra entre as duas forças omnipresentes: a terra, dura, escarpada, imensa, castanho-cinza, esculpida pelo vento; e o mar, intenso e azul, sempre a rugir, violento, contra as escarpas, sem nunca se cansar, sem nunca parar.
Em Sagres está o verdadeiro limite: acaba a terra, começa o mar.
Foi neste lugar dominado pelo limite e o contrário que o Infante se fixou, para ligar, para sempre o povo ao mar...O Infante D. Henrique nasceu a 4 de Março,de 1394
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