domingo, 1 de julho de 2012

Madalena Arrependida


O mundo está cheio de coisas feias. A beleza é mais rara do que parece e é por isso que nela reparamos e nela nos detemos em prolongada contemplação! A culpa é feia e o arrependimento também. (Digo eu!) Poucos arrependimentos são sinceros! A maioria das vezes  que referimos o arrependimento, estamos apenas a tentar que o outro desvie a atenção do erro, do nosso erro, do tal que dá origem a. No fundo temos consciência que erramos porque não sabemos fazer de outro modo. Erramos por incompetência. Ou por intenção. O que é pior, em termos de humanidade e sociedade... Cobre-se tudo com um brilhozinho de arrependimento nos olhos e pensamos que ficamos bem perante os outros e iludimo-nos a nós mesmos, convencidos que o arrependimento nos fica bem.
 "Je ne regrette rien" também não existe, pelas mesmas razões!
Temos de aprender a gerir a culpa de outra maneira!
Eu posso demorar um pouco mais, ao abrigo do adjetivo verbal que, por tradição popular e também por coisas da fé cristã, acompanha o meu nome: Madalena Arrependida!

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