sábado, 19 de outubro de 2013

Dói!

"Dentro do que somos passa a existir um espaço feito de boas memórias e estilhaços, lágrimas e sorrisos tornam-se irmãos perfeitos. Fora de nós não é mais fácil – muitos lugares continuam habitados por quem perdemos, a cidade é um campo minado. Sítios onde fomos felizes com os que amámos, onde caminhámos com os nossos pais, avós, amigos. Uma cidade de fantasmas. Trágica e bela." Luís Osório
Vale a pena ler tudo o que Luís Osório diz, ou melhor, escreve, sobre esta inevitabilidade de continuar a viver para lá dos que nos deixam. 
Dói, mas é tão verdade! 
É difícil reflectir sobre estes estados de alma. É necessário que o façamos, para nos entendermos a nós mesmos, quando nos sentimos obrigados a coexistir com a tristeza e com a alegria, tratar as duas com a dignidade que merecem. Porque dão razão aos nossos dias ..... 

Para além de agradecermos o futuro que tantos nos oferecem com generosidade, há também passados que nos são devolvidos, reocupando os espaços dentro de nós que estavam vagos, vazios, e lhes pertenciam. E há um presente que urge Viver, milímetro a milímetro.

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