domingo, 29 de agosto de 2004

A kiss is just a kiss...


A propósito de beijo, Ingrid Bergman, a mítica protagonista de Casablanca disse:
"Um beijo é uma partida adorável concebida pela natureza, para calar as palvras quando elas se tornam supérfluas."
A 29 de Agosto de 1915, nascia Ingrid Bergman, na Suécia, em Estocolmo.
A 29 de Agosto de 1982, no dia do seu aniversário, tal como Shakespeare, depois de uma pequenina festa de aniversário com os amigos mais próximos, morria Ingrid Bergman, em Chelsea, em Inglaterra, em paz com a vida, com a sua vida, que segundo confessara a um amigo, tinha valido a pena viver.
A infância de Ingrid foi marcada pela tragédia da morte dos pais, mas também pela indomável vontade de ser actriz.
Apesar da sua beleza e o seu ar algo enigmático, Ingrid não pretendia que os seus papéis na tela se consumissem na imagem da mulher idealizada. Mas os sucessos de bilheteira não foram os filmes em que interpretou uma freira, uma psiquiatra ou uma alcoólica. Uma das interpretações de sucesso de Ingrid Bergman que perpassa as gerações é precisamente a de Ilsa, a romântica mulher dividida entre o amor e o casamento, em Casablanca, com Humphrey Bogart.
A vida pessoal e amorosa da bela Ingrid foi sempre polémica e alvo da censura da hipócrita moral púlica. Ingrid ,nestas questões de coscovilhice habituou-se a dar-lhes a importância devida: nenhuma!
No entanto, no caso Bergman-Rosselini, o escândalo ultrapassou a barreira do espectáculo, tomou dimensões inimagináveis. Ingrid Berman foi humilhada pela classe política, nomeadamente pelo Senador Edward Johnson, que propôs uma medida específica para actores estrangeiros, de modo a poder expulsá-los, por atentado à moral pública.
O talento da actriz sobrepor-se-ia a este mal estar e o seu trabalho foi devidamente reconhecido pelos pares e acarinhado pelo público.
Os últimos anos de vida foram marcados pela luta contra o cancro, cujos primeiros avisos ignorou.
Depois lutou, à sua maneira, contra a ideia da morte:“As vítimas de cancro que não aceitam o destino, que não aprendem a conviver com ele, acabam por destruir o tempo que lhes resta.”, dizia.
Assim viveu durante oito anos.
O seu último trabalho foi a interpretação de Golda Meir na televisão: Uma Mulher Chamada Golda, em 1982.

5 comentários:

Miguel Pinto disse...

Madalena, não será possível alinhar o texto à esquerda? Espero que me desculpe o meu atrevimento, mas garanto-lhe que facilita a leitura dos seus textos.

Madalena disse...

Está bem assim?
Obrigada pela sugestão. Espero que seja melhor para todos.

Miguel Pinto disse...

Obrigado. Está muito melhor.

Flávio disse...

Olá Madalena!

Bom, eu também nasci a 29 de Agosto, pelos vistos tal como o Shakespeare e a nossa querida Bergman. Será que é um bom augúrio? ;)

Beijinhos, Tia!

Madalena disse...

Parabéns, atrasados mas mesmo assim carregadinhos de votos sinceros de "bons augúrios"!
Um beijinho