quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

oitenta e dois anos, hoje.


Mais um a quem devemos o nosso orgulho.
Conheci-o nesta "urgência" e é até hoje o meu poema de referência de Eugénio de Andrade.

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

2 comentários:

lique disse...

Este poema é quase a imagem de marca de Eugénio de Andrade. Um poeta que aprecio imenso. Beijinhos, madalena.

molin disse...

Lamento, Madalena, mas poesia não é o meu forte. E Eugénio de Andrade muito menos. Mas há uma coisa que me deixa feliz, no mundo das artes: há Homens que prarecem ser imortais e os três tristes tigres são belos exemplos disso mesmo...

Manoel de Oliveira
Júlio Resende
Eugénio de Andrade

Já agora, deixa-me fazer uma pequena correcção. Poesia não é o meu forte mas há um, que me lembre, que sobressai acima de todos os outros. Porque não falas de...

ALEXANDRE O'NEIL

??

P.S. Estava à espera que alguém me desse a compilação dos trabalhos dele, da Assírio e Alvim, este natal. Mas vou ter que esperar pelos anos e ser mais específico com esse ALGUÉM!

ehehehhehehe

jinhos
muitos