quinta-feira, 2 de junho de 2005
Compromisso Publicitário
Texto do DN
Algures no planeta, uma montanha é habitada por seres especiais os Lupis. Um dia, a descoberta de água lilás na montanha, uma preciosidade, origina discussões e põe fim à harmonia entre os três grupos da comunidade: os Cambitas (que são os mais emotivos, até distraídos), os Lupões (muito ligados ao dinheiro) e os Jacalupis (os mais preguiçosos e egocêntricos).
A Montanha da Água Lilás, do escritor angolano Pepetela (2000), chega ao teatro pelas mãos do Teatro Meridional. Natália Luíza descobriu este livro na primeira aula de sociologia do Mestrado em Estudos Africanos que está a frequentar e percebeu logo que queria transformá-lo numa peça. "O teatro faz-se sempre de qualquer urgência", explica a encenadora. "Este texto tem a ver com a liberalização da economia e levanta esta questão de uma forma muito subtil. É uma fábula e, como todas as fábulas, é uma metáfora da nossa sociedade." Como é que a economia (a propriedade, a riqueza e, em última análise, o poder) influenciam as relações entre as pessoas?
Natália Luíza aproveitou a "liberdade total" que lhe tinha sido concedida pelo autor para transformar o discurso narrativo em teatro. Cortando umas partes, acrescentando novas personagens, mas mantendo a ideia original e a poesia de Pepetela, a encenadora criou um espectáculo que acredita ser para todas as idades "É um espectáculo com diferentes níveis de leituras mas que é acessível a todos porque trata questões que atravessam a nossa vida".
Seis actores - Carla Chambel, Carla Galvão, Carla Maciel, Martinho Silva, Romeu Costa e Sérgio Gomes - desdobram-se em onze personagens. Com assistência artística e desenho de luz de Miguel Seabra, espaço cénico e figurinos de Marta Carrreiras, música original e espaço sonoro de Fernando Mota, o espectáculo A Montanha da Água Lilás fica em cena de quarta a sábado até 3 de Julho no Espaço da Mitra (Rua do Açucar, Poço do Bispo, em Lisboa).
A Natália Luiza morava ao meu lado, em Moçambique. Brinquei muito com a mana mais velha na tal Rua dos Velhos Colonos. A Natália estava no berço. ìamos agora dar confiança a bebés de berço...
Um beijinho, Natália! Espero que gostes!
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4 comentários:
Fica registada a proposta. Com a garantia de qualidade a que a Natália já nos habituou. Obrigada, querida Madalena, pela divulgação. Muitos beijinhos!
Interessante o teu blog que hoje descobri!
Gostei muito da tua sugestão. Fui ver a peça que ela escreveu sobre Moçambique, há cerca de dois anos, e disse-lhe: somos irmãs. Um beijo, obrigada!, IO.
Idem aspas.
Estou preso ao Pepetela. Desde o Mayombe!
Boa tarde, Madalena.
E não consegui nada, nem de uma senhora nem da outra, mas paciência.
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