quarta-feira, 15 de junho de 2005

Indignação precisa-se!

Uma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!
Morra o Dantas, morra! PIM!

Assinado: Poeta D' Orpheu, Futurista e Tudo
Precisa-se de indignação assim. Pelo menos de um pedaço que servi de amostra da indignação verdadeira, a de origem!
Se não há, invente-se! Imagine-se! Cultive-se! Recupere-se!
Digo eu, levada pelo entusiasmo do Manifesto Anti-Dantas!
O mesmo homem, capaz de se indignar desta maneira, escreveu, num conto, uma frase que me parece complementar este manifesto e fazer-nos entender o ser humano, como inteiro, tão capaz de uma indignação profunda e verdadeira, como de uma conformação igualmente digna.
Só assim, dotado de um equilíbrio verdadeiro, pode o homem ser capaz de gerar estabilidade individual e colectiva.
Enfim, naquele sítio nem a revolta servia para nada.

José Sobral de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe em 1893. Órfão de mãe aos três anos de idade, acompanha o pai no seu regresso à Europa, vivendo sempre de forma atribulada e inquieta. Aos 39 anos casa com Sarah Afonso. Morre em 1970,no dia quinze de Junho, no mesmo quarto onde morrera Fernando Pessoa, companheiro de amizade e pensamento.

6 comentários:

Mitsou disse...

E é mesmo arrebatador, o Manifesto. Indignação, todos nós a conhecemos; só que, muitas vezes, apontamo-la ao alvo errado. E tudo continua na mesma. Beijinho grande, linda.

Anónimo disse...

Adoro esse Manifesto.Morra o Dantas,pim!Viva o Almada Negreiros.

Dinamene disse...

Ah, tu tens isso tudo na agendazinha!
Eu foi para celebra o dia de Portugal.
Até amanhã.

armando s. sousa disse...

Passei pelo Incompetente, e acabei aqui. Também postei sobre o Almada Negreiros e realmente que morra o Dantas,pim! Viva o Mestre!
Um abraço

Pitucha disse...

Estou inteiramente de acordo com a indignação! Mas a minha poucos a ouvem. Era bom que não faltasse a coragem aos nossos dirigentes para se indignarem quando tal se justifica.
Beijos Madalena.

Anónimo disse...

Eis, a quem eu chamo o maior revolucionário do Séc.XX português. Dele, ainda: Coragem, portugueses, só vos faltam as qualidades.
Um beijo para ti, IO.