A Laura escreveu assim "tão lindo!", nos comentários:
Moçambique nunca se esquece. Faz parte de nós. E não queremos, nem conseguimos, que deixe de ser assim. Mas para quê tentar uns maus alinhavos, quando posso hoje chamar Mia Couto, no seu livro "Vinte e Zinco", e deixar aqui umas palavras do seu "Pensatempos": “A cidade não é um lugar. É a moldura de uma vida. A moldura à procura de retrato, é isso que eu vejo quando revisito o meu lugar de nascimento. Não são ruas, não são casas. O que revejo é um tempo, o que escuto é a fala desse tempo. Um dialecto chamado memória, numa nação chamada infância.”
Não tenho das infâncias, de um modo geral, uma ideia idílica. A infância é a fragilidade e a insegurança absolutas. A infância só se salva pela ideia do futuro. E o futuro na sua essência é abstracto.
Não será por isso que todos temos pelas crianças um respeito máximo?
No fundo, todos sabemos como é difícil ser criança!
Tenho de estar muito bem preparada para revisitar essa "nação" de que o Mia fala!
Um beijinho para ti, Laura!
3 comentários:
Sábia Madalena, como intuo há muito tempo!
Não digas isso que me envergonhas e nem é verdade. Sem falsas modéstias: sei pouco do que sei, mas dou uso ao que conheço e até ao que me vai na alma. E há muita alma por aqui, como tu bem sabes.
Se calhar, os blogs são uma espécie de "abre-almas"!
Beijinhos para ti Cê
Não mereço estas palavras. Apenas chamei o Mia Couto. Uma curiosidade: foi aluno, na escola primária, de uma tia minha, e já fazia belas redacções.
Muito obrigada Madalena e um grande beijo
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