segunda-feira, 27 de junho de 2005

O sentido da vontade

Helen Adams Keller é o milagre da vontade feito gente.
Aos dezanove meses de idade, uma febre atirou-a para um mundo de silêncio e escuridão.
Não é fácil deitar fora a esperança, mas foi o que os pais da pequenina Helen foram aconselhados a fazer, pelos médicos que confirmaram o que a mãe percebera, pouco tempo depois das febres terem ido embora e a morte ter desistido de levar consigo aquele bebé.
Mesmo sem esperança, procuraram ajuda para o que parecia uma tarefa impossível: criar um ser privado de sentidos, impedido de comunicar de forma natural e espontânea, com o mundo à volta, com os outros seres capazes de ver e de ouvir.
O destino desta criança parecia traçado para ser exemplo para todos e para sempre.
Por indicação de Alexandre Bell, estes pais desesperados chegam até Anne Sullivan, que vai ensinar à pequenina Helen a linguagem gestual, tendo sempre de se confrontar com as dificuldades imensas, as que o sofrimento e a dor acrescentam normalmente à solidão. Ainda por cima, tratando-se de uma criança!
A primeira palavra que Helen aprendeu foi "boneca" (doll) e a segunda foi "bolo" (cake).
Helen nasceu a 27 de Junho de 1880.
Viveu oitenta e oito anos e provou que há obstáculos que parecem invencíveis, mas não são.
As suas vivências estão registadas em livros, onze ao todo.
Quando procuramos dados sobre a vida de Helen Keller ela aparece referida como escritora e activista.
Depois de Helen Keller a própria palavra esperança ganhou mais sentido!

2 comentários:

Emilia Miranda disse...

Madalena:
Não posso deixar de aqui passar por várias razões. Uma delas é a de aqui vir sempre aprender mais coisas. E todas elas ligadas a pessoas, factos, locais, acontecimentos que podemos ou não conhecer, podemos ou não ter ouvido falar, mas a forma como aqui são tratadas, expostas, redigidas enfim, partilhadas... "obriga-me" (no bom sentido, obviamente) a cá dar um salto diário.
Ainda bem que há pessoas assim. Ainda bem que há pessoas que nos fazem acreditar.
Um abraço,
Emília.

Anónimo disse...

Madalena
Helen Keller é a grande Helen Keller e está tudo dito. Só a sensibilidade da Madalena consegue que repensemos e que a consideremos ainda maior. Obrigada e beijinhos.