segunda-feira, 12 de setembro de 2005

I'd love to wear a rainbow every day

Como diz o Joe Dalton, às vezes, a internet faz-nos mal.
Há pessoas que são tão eternas que o facto de terem morrido já nem conta. Para quê lembrar a única falha técnica do homem que se perpetua pela palavra e pelo pensamento?
Hoje, ao consultar a enciclopédia onde procuro os factos que marcaram determinadas datas, encontrei a morte de Johnny Cash, em 2003.
O que me encantou bem mais foi a vida, sobretudo os valores em que acreditava, que eram, ao fim e ao cabo, os valores de toda uma geração que viveu em pleno os acontecimentos do mundo.
Li também que a sua canção "Man in Black" é autobiográfica.
Todos temos um lado de esperança que nos atrai para as cores do arco-íris.
Mas todos temos também um lado do medo e da dor, pessoal, às vezes, universal, também!

Well, you wonder why I always dress in black,
Why you never see bright colors on my back,
And why does my appearance seem to have a somber tone.
Well, there's a reason for the things that I have on.

I wear the black for the poor and the beaten down,
Livin' in the hopeless, hungry side of town,
I wear it for the prisoner who has long paid for his crime,
But is there because he's a victim of the times.

I wear the black for those who never read,
Or listened to the words that Jesus said,
About the road to happiness through love and charity,
Why, you'd think He's talking straight to you and me.

Well, we're doin' mighty fine, I do suppose,
In our streak of lightnin' cars and fancy clothes,
But just so we're reminded of the ones who are held back,
Up front there ought 'a be a Man In Black.

I wear it for the sick and lonely old,
For the reckless ones whose bad trip left them cold,
I wear the black in mournin' for the lives that could have been,
Each week we lose a hundred fine young men.

And, I wear it for the thousands who have died,
Believen' that the Lord was on their side,
I wear it for another hundred thousand who have died,
Believen' that we all were on their side.

Well, there's things that never will be right I know,
And things need changin' everywhere you go,
But 'til we start to make a move to make a few things right,
You'll never see me wear a suit of white.

Ah, I'd love to wear a rainbow every day,
And tell the world that everything's OK,
But I'll try to carry off a little darkness on my back,
'Till things are brighter, I'm the Man In Black


Imagem daqui

1 comentário:

josé disse...

Cara Madalena:
Here we go again!
A música de Johnny Cash, foi o motivo que me levou a comprar o jornal Disco música & moda, datado de 15.10.1971 e que já ia no seu 18º número. Foi a primeira capa a cores e trazia um poster de...Johnny Cash.
Lá dentro, uma entrevista a Paulo de Carvalho que dizia que quanto a intérpretes portugueses, gostava de Duarte Mendes, Fernando Guerra, Fernando Tordo e das mulheres, só gostava de Teresa Paula Brito! QUe será feito desta?!

Numa página inteira descorticava-se o Lp Tapestry de Carole King, o que hoje seria de todo improvável, pois ninguém dá assim tanta importância à música como dantes se dava.
Quanto ao Cash, em artigo de Hélio SOusa Dias, escrevia-se a biografia do músico. Além do mais, o Cash dizia:
"Fui pela terceira vez a San Quentin há treze anos e já lá voltei mais cinco vezes. A rescção desse público é excepcional. Além disso, penso que consegui chamar a atenção desses homens numa prisão. Se somos guardas dos nossos irmãos é nossa obrigação reabilitá-los".

A filiosofia do nosso Código Penal, que já vem dessa altura, é exactamente essa- a da ressocialização, mas neste caso com origem marcadamente alemã.

Estará ultrapassada?!