...ou os pesados meandros da culpa.
Sempre tive muito respeito por estas questões de culpas e inocências, sobretudo quando os casos envolvem honras ou vidas, sobretudo vidas, e, mais ainda, quando se trata de crianças.
É o caso do rapto do fiho do aviador Charles Lindbergh que acabou da maneira mais trágica, apesar do envolvimento de personalidades influentes e das quantias avultadas que o jovem aviador estava disposto a pagar, para receber o filho vivo e ileso, o que não aconteceu, como todos sabemos.
Esta história com contornos de horror macabro leva-nos, no entanto, a outra história marcada pelo amor e pela fidelidade: Anna Hauptmann, mulher de Bruno Hauptmann, condenado à morte por homicídio do pequenino Lindbergh, consumiu o resto dos seus dias a tentar provar a inocência do marido. E esse resto foram mais de sessenta anos.
Ao longo desses sessenta e dois anos, Anne Hauptmann nunca contou outra história que não fosse a que podia ter servido como prova de inocência a Hauptmann que foi executado, na cadeira eléctrica, a 3 de Abril de 1936.
Anna Hauptmann morreu a 10 de Outubro de 1994, fiel à convicção que deu sentido à sua vida quase toda!
3 comentários:
Por acaso hoje comemora-se o dia mundial contra a pena de morte.Este caso é paradigmático de que pode haver uma possibilidade de se ter cometido uma grande injustiça, ao condenar um inocente à morte.
Um abraço.
Não sabia, Armando! Os meus favoritos foram "de baixa" com o pc e este site onde recolho as efemérides é mais "fraquinho".
abraço
maddy
tens um convite no teu mail. Com direito a encontro em cinzento e com bolhinhas...
Enviar um comentário