sexta-feira, 12 de maio de 2006

O Poeta Errante do País Azul!

Já vi a cor do Acaso e o Amor Louco
e sendo assim bendito fui maldito.
Entre o país do muito e muito pouco
habitei o poema nunca escrito.

Eu sou o que assaltou o paraíso
e disse não. Eu sou o subversivo.
Meu reino é entre a lágrima e o riso.
E só de me querer livre sou cativo.

Já vi a cor do Acaso e do Destino
neguei o céu cuspi no infinito.
Então disse o que foi e o que há-de vir.

Já fui o Desejado. E sou Proscrito.
Eu sou o subversivo o peregrino.
Olhai: venho de Álcacer-Quibir.


O quarto soneto do Português Errante, Manuel Alegre
O poeta que quase se tornou no nosso representante máximo faz hoje setenta anos.
Apoiei, com a minha modesta condição de anónima, mas apoiei com convicção a sua candidatura, porque a poesia faz falta a uma país com cada vez menos azul.
país azul
Também acreditei que podia contar com a poesia do lado de cá, do lado dos que procuram fazer da vida uma verdadeira jornada de felicidade. Eu sei que todos querem. mas alguns querem mais do que outros e, sobretudo, alguns querem-na num contexto de justiça social e é isso que está a faltar.
Chamem-me lírica que eu não me importo. Insana! Também não me importo. Já tenho idade para não ter juízo. O juízo já me faz pouca falta e aos outros, o meu juízo não faz falta nenhuma. O que me resta chega para gerir a minha vida. Um dia destes só capaz até de ir a uma "manif" e reclamar a poesia dos dias azuis que nos andam a tirar...
luas
Azul assim, onde até a lua vem mais cedo, para não perder o brilho do céu que escolhe em cada noite...
Parabéns, Poeta do País Azul!

5 comentários:

125_azul disse...

Tá tão cinza o país azul... vim aqui ontem para te dar bjinhos de parabéns, mas não consegui entrar na caixa de comentários. Vim porque espumadamente mandou e estou muito feliz por ter vindo.

luis manuel disse...

"Sou de um país azul"

Numa fuga, de afazeres intensos. Aqui e acolá. Nos escolhidos, naqueles que sempre temos uma nova "luz", passei num relance o que tenho em falta. Leio memórias sublimes, recordações do inicio do "Chora".

Obrigado, Madalena.
Boa saúde, e fé nos dias brilhantes, para um país azul.
Por aqueles que ainda acreditam.

Um abraço

Anónimo disse...

Também era o meu Presidente.
Azul,azul e mais azul é do que andamos todos a precisar.
Um beijo azul para o Poeta e outro para ti.
Bom fim de Semana.

Anónimo disse...

Chamo-te 'só' Madalena, pronto...e deixo-te um beijo!, IO.

Pitucha disse...

Eu prefiro o azul! En todas as suas variantes. E o sonho por onde vamos.
Beijos Madalena