"I need no other flight to convince me that the reason flyers fly, whether they know it or not, is the esthetic appeal of flying."Amelia Earhart
Existem inúmeras razões para o desejo de voar. A primeira, para mim, está no domínio das sensações físicas, puramente físicas. Voar pode ser uma capacidade do corpo se ultrapassar a si próprio, nas suas leis mais simples, como a lei da gravidade.
(Eu sou de Letras, logo tenho direito a exageros ou mesmo erros de Ciência.)
As pernas puxam-nos para a terra. Os braços não são asas, não adejam e o mais que conseguimos é um simples salto que nos devolve ao chão, às vezes com consequências pouco agradáveis.
Por isso, o simples desejo de vencer esta incapacidade de primatas, que somos, terá levado à construção de inúmeros aparelhos que nos podem ajudar no voo, que nos podem proporcionar a sensação do voo, aprisionando em todos os sentidos sensações extremas de leveza, bem-estar, beleza, com os barulhos da natureza, em música de fundo. Como o assobio do vento e o marulhar das ondas.
Em 1927, a 21 de Maio, Lindbergh aterrou em Paris, a bordo do mítico Spirit of Saint Louis, cumprindo assim a primeira travessia aérea entre os dois continentes que o Atlântico separa. (Ou une, conforme o ponto de vista!)
Cinco anos mais tarde, Amelia Earhart repetia o feito, mostrando que o desejo de voar, a coragem e o espírito de aventura e o apelo ao desafio fazem parte também da natureza feminina. (Juro que não estou a incendiar polémicas!) O mau tempo obrigou-a a aterrar na Irlanda o que até nem me parece falta de sorte nenhuma.
Imagem daqui
"Havia um limite para aquilo que o novo corpo conseguia fazer, e, embora fosse muito mais rápido do que antigamente, era ainda um limite que exigiria esforço a ultrapassar."Richard Bach, Fernão Capelo Gaivota
2 comentários:
Quando em jovem li sobre a viagem de Lidbergh, uma das coisas que me ficaram na memória foi o facto de o Spirit of St Louis não ter vidro dianteiroe, portanto, não havia visibilidade para a frente. Ou seja, o piloto era obrigado a ver de lado. Esta configuração deveria ter qualquer razão que o justificava, provavelmente capacidade de combustível, mas nunca cheguei a saber porquê...
Beijinhos
Olá Lady Madalena!!!
Como sabe eu sou das Ciências e há muito não vivo sem as letras e me permito aos exageros dos voos em que mergulho. É assim que me revejo na escrita, em plena viagem em constante voo...
Fly... forever
Um beijo
Fly
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