domingo, 21 de maio de 2006

Voar

"I need no other flight to convince me that the reason flyers fly, whether they know it or not, is the esthetic appeal of flying."Amelia Earhart
Existem inúmeras razões para o desejo de voar. A primeira, para mim, está no domínio das sensações físicas, puramente físicas. Voar pode ser uma capacidade do corpo se ultrapassar a si próprio, nas suas leis mais simples, como a lei da gravidade.
(Eu sou de Letras, logo tenho direito a exageros ou mesmo erros de Ciência.)
As pernas puxam-nos para a terra. Os braços não são asas, não adejam e o mais que conseguimos é um simples salto que nos devolve ao chão, às vezes com consequências pouco agradáveis.
Por isso, o simples desejo de vencer esta incapacidade de primatas, que somos, terá levado à construção de inúmeros aparelhos que nos podem ajudar no voo, que nos podem proporcionar a sensação do voo, aprisionando em todos os sentidos sensações extremas de leveza, bem-estar, beleza, com os barulhos da natureza, em música de fundo. Como o assobio do vento e o marulhar das ondas.
Em 1927, a 21 de Maio, Lindbergh aterrou em Paris, a bordo do mítico Spirit of Saint Louis, cumprindo assim a primeira travessia aérea entre os dois continentes que o Atlântico separa. (Ou une, conforme o ponto de vista!)
Cinco anos mais tarde, Amelia Earhart repetia o feito, mostrando que o desejo de voar, a coragem e o espírito de aventura e o apelo ao desafio fazem parte também da natureza feminina. (Juro que não estou a incendiar polémicas!) O mau tempo obrigou-a a aterrar na Irlanda o que até nem me parece falta de sorte nenhuma.

Imagem daqui
"Havia um limite para aquilo que o novo corpo conseguia fazer, e, embora fosse muito mais rápido do que antigamente, era ainda um limite que exigiria esforço a ultrapassar."Richard Bach, Fernão Capelo Gaivota
voar

2 comentários:

Nelson Reprezas disse...

Quando em jovem li sobre a viagem de Lidbergh, uma das coisas que me ficaram na memória foi o facto de o Spirit of St Louis não ter vidro dianteiroe, portanto, não havia visibilidade para a frente. Ou seja, o piloto era obrigado a ver de lado. Esta configuração deveria ter qualquer razão que o justificava, provavelmente capacidade de combustível, mas nunca cheguei a saber porquê...
Beijinhos

Anónimo disse...

Olá Lady Madalena!!!
Como sabe eu sou das Ciências e há muito não vivo sem as letras e me permito aos exageros dos voos em que mergulho. É assim que me revejo na escrita, em plena viagem em constante voo...
Fly... forever
Um beijo
Fly