domingo, 23 de julho de 2006
brummmmmmmmmmm
Com um rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que se enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta,
lembra um demónio com asas.
Na confusão dos sentidos
já nem percebe Leonor
se o que lhe chega aos ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa, de lambreta.
Gedeão
Não eram bem lambretas! Eram mais motos e motos e motos...
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3 comentários:
Pois, eu vi um bocadinho na televisão.
Beijinhos
E a minha cidade adoptiva teve vida. Devia haver mais concentrações, fosse do que fosse, para vermos gente na rua.
Bruuuum e beijo em velocidade, que vou dormir!..., IO.
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