Não sei quase nada de cinema italiano. Quando comecei a ir ao cinema, às matinés do Scala, do Gil Vicente ou do Manuel Rodrigues, o cinema italiano que aparecia era para "maiores" de uma idade que ainda não era a minha. Os doze anos eram ansiados também pela entrada nos cinemas.
Esta "classificação" obrigou-me, muitas vezes, a caprichar no eye-liner e no rimmel para parecer mais crescidinha. E se era mesmo preciso iludir o fiscal, tudo teria de ser ensaiado ao pormenor. Aos onze anos já queria deixar de ver o Joselito Coração de Ouro ou o Raio de Luz da Marisol...
Está muito mal explicada a minha ignorância, mas aproveitei para ir ali ao "sótão", recuperar sorrisos guardados por macacos e outras coisas que para lá há!
Pois... De cinema italiano conheço actores de quem se falava muito. A Gina Lollobrigida era muito apreciada pelos dotes bem evidentes que passaram a desusar quando a Twiggi começou a ditar a moda. A Sophia Loren era dona de uma beleza algo enigmática. A presença de Carlo Ponti e o público desejo de ser mãe impunham um certo respeito. Marcello Mastroianni inspirava o estilo masculino que virou moda e fazia suspirar muita alma cor-de-rosa...
Isto tudo a propósito de um certo realizador que nasceu a 7 de Julho de 1902: Vittorio de Sica!
Imagem do filme "Ladrões de bicicletas", marco importante do neo-realimo italiano.
"Um filme da vida real, emoções reais e gente real."
Dizem. Eu não vi. E é uma falha grave na minha presunçosa cultura geral.
1 comentário:
Não acredito, Madalena!... Komo, mas komo é que é possível?... JÁ, arranjar maneira de o ver!!! - antes não saber o nome dos suplentes da equipa italiana de 1982.......
Agora, a sério, deixo-te um beijo - uma que tem em 'Ladri di biciclette' o filme da sua vida.
Enviar um comentário