Uma adolescência marcada pela perda da mãe, aos catorze anos, e uma grave doença dos olhos, aos dezasseis, podem estar na origem de uma ideia de mundo onde o sofrimento físico possa ser anulado, com altos custos em termos de individualidade, liberdade e ética.
"An unexciting truth may be eclipsed by a thrilling lie."

E é assim que a "massa humana" é confeccionada em laboratórios sofisticados, no Admirável Mundo Novo de Huxley. Entretanto na nossa vidinha real as coisas processam-se de modo a produzir estes efeitos: a ditadura da perfeição leva-nos a dietas e outras privações, apenas porque nos queremos aproximar do "tipo" que é supostamente feliz, com as gorduras todas no sítio certo (ou o silicone), independentemente de ter as ideias certas ou, simplesmente, não ter ideias. Não ter ideias ainda é melhor...

Uma Humanidade perfeitamente tipificada, plastificada e apatetada!
Quero crer que nunca chegaremos a estes níveis de ausência de pessoa dentro dos seres, ainda de fabrico artesanal, "à base de amor", como o Selvagem de Huxley!
2 comentários:
Nem vale a pena pensar num mundo novo! Iam estragá-lo logo, como diria a Mafalda do Quino!
Beijos
E ontem foi o dia dos avós e ninguém me ligou coisa nenhuma!
Que injustiça. Esforça-se uma pessoa e nada.
Beijinhos alegres, apesar...
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