Vi, revi e revi os Condenados de Shawshank e eu própria me espanto com as minhas emoções, sempre as mesmas e sempre intensas, como se ali estivessem pela primeira vez, sempre que vejo o filme.
Espanto-me pois! O filme não tem mulheres, para além da assassinada e da Rita Hayworth no poster, na cela de Andy; o filme revela-nos a canalhice humana, no seu pior; tudo gira à roda da condenação de um inocente...
Mas também é verdade que amizade entre dois homens tão diferentes como Red e Andy valem o filme. A amizade pode bem crescer e desenvolver-se num ambiente tão hostil como esta prisão, onde a maioria dos que lá estão, guardas e prisioneiros, perderam para sempre o rasto da liberdade ou a noçao do valor da dignidade. Não da liberdade física, mas da liberdade "cá dentro", a única que pode alimentar e sustentar a sanidade do homem mais preso e mais injustiçado do mundo.
E para terminar, para acabar de vez com as imagens sórdidas que nos assaltam e assustam o pensamento, há um lugar no planeta onde as emoções pacificam e as sensações se aconchegam nas imensidões de luz, cor, brilhos... Muito mar!Muito céu!
Zihuatanejo é longe, mas nós temos também lugares que, por instantes, removem as nuvens.
Os condenados de Shawshank foi o filme oferta do Expresso, no sábado passado.
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