Quando somos pequenos, procuramos junto dos mais crescidos respostas para as nossas dúvidas. As respostas são, na sua maioria, respostas inventadas à pressa, para aliviar angústias. Aspirinas existenciais.
Depois crescemos e percebemos que os porquês permanecem.
Hoje resgatei um desses livros de enfeitar que alguém ofereceu aos meus filhos que promete mil respostas para quinhentas perguntas.
Desfolhei, com a ternura da recordação de uma segunda infância para mim, que foi a deles. Enterneci-me com a inocência daqueles porquês:
Porque se diz "perder a língua"? (página 85)
Porque existe leite em pó? (página 138)
Porque se mete gasolina no depósito do automóvel? (página 157)
Por outro lado, outros porquês, ou melhor, outras perguntas ficaram-me assim como que a meio caminho do entendimento.
Porque choramos quando estamos tristes?(página 84)
Pelo menos esta pergunta "vai" com nome desta "aldeia"!
2 comentários:
A idade dos porquês aumenta à medida que vamos ficando mais críticos. As lágrimas também. Desculpa ter espaçado asvisitas, tenho tido uns dias cheios de trabalho e o meu rei da barriga que sempre dormir mais cedo.
Beijinhos
Gostei do "aspirinas existenciais".
Gostei tambem do post inteiro.Fiquei assim muito melancolica.
Obrigada!
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