Aos livros de Português devo quase tudo o que sei. Nenhum manual escolar ensina tanto de tanta coisa como o Livro de Português!
Não só por estarem normalmente representados muitos autores, mas também por serem tratados muitos assuntos, muitos temas e muitos tempos, também.
Foi nos manuais que eu encontrei um dos mais belos textos de Fernando Namora. Chamava-se "A Vacina" e contava um episódio que envolvia meninos ciganos. Meninos ciganos e pais desses meninos que estavam habituados a que os seus filhos fossem tratados com indiferença, ou pior ainda, com discriminação. A simples palavra menino usada pela "visitadora" (que presumo ser a senhora que dava a "pica" e controlava todo o processo de vacinação na aldeia) levou a que os pais do António, assim se chamava o menino, aceitassem que o filho fosse vacinado e, por arrastamento, todos os outros meninos da comunidade cigana.
Nunca esqueci este texto, pela lição que encerra. Uma palavra pode, de facto, fazer a diferença!
Neste mesmo dia, 22 de Novembro, em 1983,Fernando Namora recebeu o prémio D. Dinis, instituído pela Casa Mateus.
4 comentários:
Uma palavra faz concerteza toda a diferença!
Muitos beijinhos
É bem verdade, Madalena, uma palavra pode fazer tanta diferença!
Beijinhos
“Nos bons livros acha o curioso ingenho avisos e conselhos excelentes, e flores cheirosas e saudaveis, das quaes, á similhança da abelha, sóe muitas vezes lavrar doces favos de mel na colmêa da alma.” (Heitor Pinto. Dialogo 3.º, cap. 17.º)
Beijinhos
Eram os livros mais giros, os de português.
Beijos
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