terça-feira, 28 de novembro de 2006

Efeito "I'll be there"

MFM fala da amizade, na sua crónica semanal que a Pública publica ao domingo.
Começa por falar das netas e percebe-se que se trata de um afecto de primeira linha.
Fala de amigos em geral e de maridos em particular, embora não escreva uma só vez a palavra marido. Fala de "um ser humano cuja única função era fazer-me sofrer" e refere-se a candidatos. A partir daí, desenrola uma série de linhas sobre amizades, idades, gostos... Em suma, cumplicidades!
A cumplicidade é, para mim, a chave de sucesso de qualquer relação, seja ela de amizade, seja ela de mais do que isso, ou seja, com o ser humano que nos faz sofrer, para usar a terminologia da MFM!!!
Parece-me que é de cumplicidade que falamos quando falamos das "raparigas e dos rapazes da nossa idade", pois o problema da idade é algo que vem ao de cima, como a verdade e o azeite. É difícil assumirmos a realidade de um tempo que não é, ou não foi o nosso, seja ele passado ou futuro. Por isso, os amigos com quem fazemos planos de viajar, passar fins-de-semana ou fins de ano são quase sempre da nossa idade. Com eles dividimos de facto a angústia e o prazer dos nossos tempos. Reivindicamos, com muita sinceridade os erros, do nosso tempo. Com sinceridade e com facilidade, se os tempos coincidirem, de facto.
A Amizade define-se ainda por um sentimento imenso e intenso de solidariedade que MFM ilustra com uma fala de um filme: I'll be there.
Admito que a solidariedade já não conhece estas fronteiras da idade e do tempo.
Para completar os pilares da amizade eu juntaria o reconhecimento, a que não quero chamar gratidão, mas que é isso mesmo!
(o filme em questão é Vertigo de Hitchcock e as personagens pertenceram ao mítico Jimmy Stewart e a uma das beldades de então, Kim Novak!)

1 comentário:

Luisa Hingá disse...

Quem é MFM?
Eu em olvido mode!!!
Abraços