Este é talvez o assunto que eu melhor domino, provavelmente por "levar já muitos anos disto", como se diz, assim, à pressa do pensamento. Contando com aquele período super cor de rosa (que, no meu caso, foi sempre azul) em que todas as esperanças são possíveis, já perfaço trinta e três anos!
Claro que estas são as palavras de um pai jovem que expressa bem as emoções tão contraditórias desta felicidade suprema que é ter filhos. É que eles são, de facto, a fonte de tudo na vida de alguém.
Mas o pior de tudo, caro pai, quase novinho em folha, é que isto não muda nunca, na maioria dos casos. Aprendemos a disfarçar e respondemos a outras solicitações da vida, para que a aflição permanente com a segurança, a vida, a felicidade deles adormeça, pedindo aos santinhos todos que adormeça para aí cem anos, pelo menos, como a Bela da historinha.
Toda a felicidade dos nossos dias está suspensa no altar do mais afamado santo, especialista em milagres radicais.
(Espero que os santos venham ler estas linhas e que leiam também o texto do DN, trazendo de volta a boa saúde aos pequeninos.)
Os nossos filhos só merecem o melhor.
E quem diz filhos diz sobrinhos ou diz netos, porque a verdade que eu também já "entendi" é que quem não tem filhos de BI transfere, às vezes com alto juro, para a conta dos sobrinhos (e no caso dos avós, para a conta dos netos) estas elevadas somas de afectos e emoções.

2 comentários:
Adorei ler. E assim o sinto.
Beijinhos
Madalena, adorei a foto...
Pena estar em penumbra, mas dá para perceber toda a ternura. Que saudades destes miminhos!...O tempo fá-los por vezes tão cerimoniosos, por já serem grandes.
E o tempo passa tão depressa....
Beijinhos
M.Dores
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