quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tudo isto é fado?

Aqui há......qualquer coisa que não bate certo!
O Leme, no seu espaço dedicado às efemérides, que eu consulto quase diariamente, publica hoje o seguinte excerto de um dos emblemáticos jornais de há meio século.
O Diário Popular de 2 de Outubro de 1946 anuncia que a Câmara Municipal de Lisboa foi autorizada a contratar, na Caixa Geral de Depósitos, empréstimos até ao montante de 25 mil contos, a amortizar em vinte e cinco anos e destinados à construção de casas para alojamento de famílias pobres.
O que escapa ao meu entendimento é o preço de 25 mil contos por uma casa em Lisboa, ainda por cima para famílias pobres?
Tenho por referência o valor da minha casa de Odivelas, quinhentos e cinquenta contos, em 1980 e parece-me que a distância geográfica, nem mesmo a famigerada barreira que constituía a Calçada de Carriche no acesso a Lisboa, justificariam uma diferença tão imensa, tendo ainda em conta a data de 1946.

1 comentário:

Nelson Reprezas disse...

Madalena, penso que os vinte e cinco mil contos seria o valor global do empréstimo. Em 1946 não havia csaas para pobres a 25 mil contos... pelo menos é o meu entendimento da notícia. O meu avô comprou uma casa no B. Encarnação em 1944 por 240 contos, salvo erro. E não era casa para pobres.
Bjs