Vou inventar um provérbio: marido aposentado, património visitado. Qualquer "ado" rima com aposentado, mas não é fácil arranjar um que refira exactamente o que eu quero.
Desta vez, a visita foi ao Aqueduto das Águas livres de Lisboa, monumento a que os meus olhos se habituaram, no final do eixo Norte-Sul, nos acessos à Ponte 25 de Abril. A minha condição saloia vem sempre à tona do meu entendimento e embasbaco-me perante monumentos que as mãos dos nossos antepassados fizeram, pedra a pedra, muro a muro, até quase roçar o céu. Os homens mesmo,os que vieram depois de Darwin!
Já lá diz o poeta: Com mãos tudo se faz e se desfaz!
Se calha ser um fim de tarde daqueles que se têm feito sentir nos últimos dias, eu desisto mesmo de entender. Eu simplesmente aceito e deixo que a beleza das pedras recortadas no pôr-do-sol me maravilhe até à mais ínfima parcela da minha emoção.
Só que esta visita foi ainda mais estranha: andámos lá dentro, onde corria a água e outras histórias menos cristalinas que compõem o imaginário além-história!
E aqui está um desses corredores intermináveis por onde corria a água que abastecia Lisboa! Uma claustrofobia vaga impediu-me de acelerar os sentidos e deixar-me embalar pela imaginação da água a correr. Mas, mesmo assim, valeu a pena. Até porque já passou.
De pedra em pedra, de monumento em monumento, lá vou melhorando o meu próprio património de conhecimento!
1 comentário:
Foi uma das prendas que a participação na 2ª Maratona Fotográfica me deu, Mad', visitar este lugar.
beijo,
IO
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